25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:948-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PREPARAÇÕES DE PRÓPOLIS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE IPATINGA - MG

Ana Cláudia Loureiro Figueiredo (UnilesteMG); Elisângela Vasconcelos Fraga (UnilesteMG); Mônica Mendes Cordeiro Araújo Moraes (UnilesteMG); Analina Furtado Valadão (UnilesteMG); Andréa Cátia Leal Badaró (UTFPr)

Resumo

Introdução: A própolis é uma substância resinosa coletada de diferentes exsudatos vegetais e modificada por abelhas, utilizada para proteção da colméia contra insetos e microrganismos ao recobrir paredes, reforçar favos, preencher e restringir fissuras e embalsamar detritos. A própolis tem sido estudada sob vários aspectos, devido suas propriedades antiinflamatórias e antibacterianas. Este ensaio teve o objetivo de avaliar o efeito antimicrobiano de diluições da própolis comercializada como extrato alcoólico em Ipatinga-MG.

Material e métodos: Foram avaliados 3 lotes de 3 diferentes marcas de extrato alcoólico de própolis a 25%, testando a atividade antimicrobiana na diluição descrita pelos fabricantes. Utilizou-se a técnica pour plate, em triplicata, com placas controle e teste. Foram testadas 2 espécies bacterianas freqüentemente envolvidas com infecções humanas, Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Utilizou-se 0,1 mL da suspensão bacteriana padronizada e 30 mL de agar com 25% da própolis a ser avaliada. As amostras foram plaqueadas e incubadas a 36ºC/24h. Verificou-se a presença ou ausência de crescimento das espécies bacterianas em questão.

Discussão dos resultados: Os resultados obtidos mostraram que as espécies de bactérias Gram positivas avaliadas (S. aureus e S. pyogenes) apresentaram-se sensíveis à própolis, com eficiência antimicrobiana a 25% em extrato alcoólico, em todas as nove amostras avaliadas. Acredita-se que atividade antimicrobiana da própolis é maior em bactérias Gram positivas devido aos flavonóides, ácidos e ésteres aromáticos presentes na resina, os quais atuam sobre a parede celular desses microrganismos. Considerando que o álcool não possua ação inibitória neste produto, destaca-se sua capacidade de extração do princípio ativo da própolis. Os resultados da ação de sensibilidade no teste in vitro da própolis das três marcas avaliadas foram significativos, devido sua utilização em casos de amigdalite e outras infecções provocadas por estes agentes.

Conclusão: As marcas avaliadas de extrato alcoólico da própolis comercializadas em Ipatinga e as diluições recomendadas por seus fabricantes reúnem componentes na sua formulação que garantem a capacidade antimicrobiana em relação às bactérias S. pyogenes e S. aureus.

Agradecimentos: Ao UnilesteMG pelo apoio e financiamento da pesquisa.


Palavras-chave:  Atividade antimicrobiana, Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes