SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DE UROCULTURAS DE PACIENTES DA COMUNIDADE

Alexandre Braoios Braoios (UFG - Campus Jataí); Tatiane Ferreira Turatti Turatti (UNOESTE); Thiago Romulo Sanchez Campos Campos (UNOESTE); Fernando Henrique Medeiros Denadai Denadai (UNOESTE); Lívia Chain Saab Meredija Meredija (UNOESTE)

As infecções do trato urinário (ITU) constituem uma das principais causas de consulta médica em todo o mundo. Trata-se de uma colonização microbiana com invasão tecidual de qualquer porção do trato urinário, tendo como maior agente Escherichia coli, um bastonete Gram-negativo entérico. Os sintomas mais frequentemente relatados são disúria (dor ao urinar), urgência para urinar e aumento da frequência urinária (poliúria). O objetivo desse trabalho foi avaliar a frequência dos principais agentes de infeção urinária em pacientes da comunidade atendidos no Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), em Presidente Prudente, SP, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2007. Os dados foram coletados diretamente do livro de registros do setor de Microbiologia Clínica do referido laboratório. No período estudado foram realizadas 12.869 uroculturas, das quais 1289 (10%) apresentaram resultado positivo para um ou mais patógenos. Do total de uroculturas positivas, Escherichia coli foi isolada em 74% delas, seguido de Klebsiella sp (6,3%) e Proteus sp (5,4%) dentre outros microrganismos menos frequentes. Os dados obtidos nesse estudo são semelhantes àqueles encontados por outros pesquisadores que relatam Escherichia coli como o principal agente de infecções urinárias em pacientes da comunidade, apesar de esta prevalência ter diminuído sensivelmente nos últimos anos. Essa diminuição pode ser em decorrência da ampliação da capacidade de identificação bacteriana proporcionada por metodologias mais acessíveis, permitindo assim, uma diferenciação mais específica por laboratórios de pequeno porte. Em relação à sensibilidade aos antimicrobianos, os antimicrobianos mais efetivos contra as cepas isoladas foram nitrofurantoína (93%) e aztreonam (94%). Por outro lado, a cefalosporina cefalotina e o beta-lactâmico ampicilina inibiram menos da metade das cepas isoladas. Estudos epidemiológicos são importantes no sentido de contribuir para o estabelecimento de medidas de controle e prevenção, além de ter importante papel no auxílio aos clínicos no que diz respeito à orientação terapêutica.