ANÁLISE DOS COMPOSTOS VOLÁTEIS DO ENDÓFITO CERATOCYSTIS SP., POR MICROEXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA - SPME, ISOLADOS DE FRUTOS DE PUPUNHEIRA.

Aline Christien de Figueiredo Rondon (UFAM); Sérgio Odilon de Oliveira Pacheco (SEMMAS); Pedro de Queiroz Costa Neto (UFAM); Rozana de Medeiros Sousa Galvão (UFAM); José Odair Pereira (UFAM)

O aroma é a resposta da mistura da fragrância com o sabor, que vem da interação de diversos compostos voláteis como os álcoois, aldeídos, ácidos graxos, ésteres. Com o emprego de processos biotecnológicos vê-se o aumento na prospecção de outras fontes de compostos aromáticos, já que, por um largo período de tempo os aromas utilizados nos mais variados produtos tinham como fonte principal a síntese de substâncias químicas ou a extração de plantas. A utilização de aromas naturais, os chamados bioaromas, por meio de processos microbianos, têm-se tornado tendência nas últimas décadas pelo fatod e constatarem os mais diversos compostos aromáticos responsáveis por diversas fragrâncias, neste caso, frutais. Diversas pesquisas evidenciaram a caracterização e produção de compostos de aroma por meio de microrganismos, confirmando o avanço biotecnológico supracitado. Assim, este trabalho teve como objetivo, caracterizar os componentes voláteis do endófito Ceratocystis sp., isolado de partes dos frutos de pupunheira pela técnica de microextração em fase sólida (SPME) e injeção em cromatógrafo a gás acoplado a um espectrômetro de massas (GC-MS). Foram utilizadas 25 amostras do endófito, isoladas de amêndoa, endocarpo e mesocarpo de frutos de pupunheira que se encontravam armazenadas em microtubos, pelo método de Castelani, no Laboratório de Genética de Microrganismos (LAGEM/UFAM). Os endófitos foram reativados em placas de petri descartáveis contendo meio BDA/substrato; após o período de crescimento micelial, as placas foram perfuradas lateralmente para viabilizar a exposição da fibra SPME para extração dos voláteis. A fibra ficou exposta aos voláteis por um período de 60 minutos em headspace, por meio do orifício lateral. Ao final da extração dos voláteis, a fibra foi levada ao cromatógrafo para análise dos voláteis. Os resultados confirmaram a adequação da técnica para a referida análise dos espectros de massas dos picos dos voláteis dos endófitos, em comparação com a biblioteca NIST. A partir dos isolados testados foi detectado um total de 11 compostos voláteis, dos quais foram identificados: um aldeído, sete álcoois e três ésteres. Compostos estes que confirmam as informações da literatura, sendo compostos indicativos de aromas frutais como maçã verde, banana, pêra e abacaxi.