Materiais e métodos: Estudo transversal, realizado com 106 profissionais, pertencentes a equipe de enfermagem de um hospital de médio porte, na cidade de Porto Alegre, no período compreendido entre maio a julho de 2009. As amostras  foram coletadas a partir do contato direto de placas contendo ágar sangue com áreas do jaleco (porção radial do punho da mão dominante, bolso inferior correspondendo a mão dominante e a parte frontal do jaleco). O material obtido foi encaminhado ao Laboratório de Microbiologia do Centro Universitário Metodista IPA, onde foram realizados métodos  para o isolamento e identificação do S. aureus: morfologia e Gram da colônia, catalase e coagulase. Os testes de susceptibilidade aos antimicrobianos foram realizados conforme  as recomendações do Clinical and Laboratory Institute, 2009.

Resultados: Em 106 coletas realizadas, 21 isolados de S. aureus foram obtidos de jalecos, utilizados por profissionais da saúde. As outras culturas, apresentaram-se negativas ou com a presença de outros microrganismos. Dentre os 21 isolados de S. aureus, 28,57% apresentaram perfil de resistência frente ao disco de cefoxitina (30µg), sendo caracterizados como MRSA.

Conclusão: Diante das taxa de prevalência detectada, medidas de conscientização precisam ser estabelecidas e condutas revistas, visto que a maioria das infecções nosocomiais são adquiridas após exposição a mãos contaminadas de profissionais da saúde. A vestimenta que visa proteger o profissional ao mesmo tempo atua como reservatório de microganismos, que podem ser disseminados entre os pacientes e outros profissionais.

Apoio: IPA