Neste estudo, a distribuição dos sorotipos e a letalidade da infecção por REPEC foram investigadas em 9 casas comerciais (aviário ou lojas de animais de estimação, ou PET) da região metropolitana do Rio de Janeiro. Um total de 39 animais jovens, recém desmamados (30-45 dias de idade), foram adquiridos a partir destes locais e encaminhados para acompanhamento clínico e microbiológico no presente estudo.  Dentre os 39 animais analisados, 20 (51%) apresentavam diarréia. Todos os animais foram mantidos em gaiolas individualizadas. Espécimes fecais foram coletados com o auxílio de swab retal e semeados em ágar Mac Conkey. Colônias características de E. coli foram submetidas à caracterização bioquímica e, em seguida, analisadas por PCR, usando-se iniciadores baseados em parte dos  genes que codificam intimina (eae) e toxina de Shiga (stx). Um total de 20 amostras foi positivo para eae e negativo para stx, sendo estas amostras caracterizadas como REPEC. O sorotipo mais frequente foi o O109:H21, encontrado em 4 (20%) animais. Dentre os 20 animais com REPEC, 16 apresentavam diarréia, tendo 9 (56%) evoluído para o óbito (em menos de 3 dias). Neste estudo, foi observada elevada letalidade em animais com diarréia e  infectados com REPEC. Entretanto, os sorotipos descritos como associados à maior letalidade na Europa e EUA não foram os mesmos observados neste estudo.