25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:825-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

FREQUÊNCIA DE ISOLAMENTO DE ESCHERICHIA COLI ENTEROPATOGÊNICA PROVENIENTE DE AMOSTRAS FECAIS DE COELHOS DE DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL.

Moema Ramalho (IMPPG / UFRJ); Valéria Girão (IMPPG / UFRJ); Tânia Gomes (EPM / UNIFESP); Mônica Vieira (EPM / UNIFESP); Kinue Irino (IAL); Sérgio Fracalanzza (IMPPG / UFRJ); Beatriz Moreira (IMPPG / UFRJ); Dennys Girão (IMPPG / UFRJ)

Resumo

Embora REPEC (rabbit enteropathogenic Escherichia coli) seja um importante enteropatógeno para a cunicultura, pouco se sabe sobre a sua distribuição no Brasil. O objetivo do presente estudo foi o de investigar a frequência de isolamento de REPEC em estabelecimentos distribuídos em vários estados do Brasil. Foram analisadas amostras fecais de 842 coelhos provenientes de 39 pontos de coleta: RJ, 15 pontos; SP, 10; PR, 6; MG, 2; e PB, BA, GO, RS, RN e DF, 1 de cada. Estes pontos de coleta correspondiam a lojas agropecuárias/ aviário ou de animais de estimação (PET) (9); criadores (25, sendo 19 comerciais e 6 institucionais); e proprietários de coelhos tendo-os como animal PET (5). Dos 842 animais analisados, 68 (8,1%) apresentavam diarréia, sendo 11 adultos, 55 filhotes e dois sem referência de idade. Foram coletados swabs retais ou fezes recentemente emitidas.  Os espécimes foram remetidos em meio Cary & Blair e semeados em ágar MacConkey. Colônias típicas de E. coli foram submetidas a provas bioquímicas tradicionais. Foram obtidas 2300 colônias de E. coli, as quais foram analisadas por PCR para os marcadores intimina (eae) e de toxina de Shiga (stx). Foram classificadas como REPEC as amostras positivas para eae e negativas para stx. REPEC foi detectada nas fezes de 134 animais, assim distribuídos: 31/55 (56,4%) dos filhotes com diarréia, 59/405 (14,6%) dos filhotes sem diarréia, e 44/322 (13,7%) dos adultos sem diarréia. Com base nestes resultados, podemos verificar que REPEC corresponde a um importante enteropatógeno entre animais jovens com diarréia. Por outro lado, a ocorrência de REPEC entre animais (jovens e adultos), sem sintomatologia de diarréia, pode corresponder a infecções brandas ou sub-clínicas devido à baixa virulência de algumas amostras, coleta do espécime na fase pré-clínica da diarréia, ou à presença do microrganismo em portadores assintomáticos.

Instituições de fomento: CNPq, FAPERJ, PRONEX (CNPq/FAPERJ)

 


Palavras-chave:  Escherichia coli, EPEC, REPEC, Coelho, Diarréia