25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:821-1


Área: Imunologia ( Divisão E )

AVALIAÇÃO DO DANO OXIDATIVO E METABOLISMO ENERGÉTICO CEREBRAL EM RATOS SOBREVIVENTES À SEPSE

João Quevedo (UNESC); Tatiana Barichello (UNESC); Clarissa M Comim (UNESC); Omar J. Cassol-jr (UNESC); Leandra C Constantino (UNESC); Gisele Scaini (UNESC); Fabrícia Petronilho (UNESC); Gislaine T Rezin (UNESC); Emílio L. Streck (UNESC); Felipe Dal-pizzol (UNESC)

Resumo

Introdução: Em modelo animal de sepse, estudos mostram dano oxidativo e disfunção energética em tecido cerebral nas primeiras horas, bem como dano cognitivo após 10 dias da indução ao modelo de ligação de perfuração cecal (CLP). Com isso, objetivou-se avaliar dano oxidativo e disfunção energética em tecido cerebral de animais após 10 dias da indução por CLP. Metodologia: Foram utilizados ratos Wistar (machos, adultos) submetidos ao CLP (grupo sepse) e Sham (grupo controle). Após a cirurgia, o grupo sepse recebeu suporte básico (50mL/kg de salina imediatamente e 12h após CLP mais 30mg/kg de ceftriaxona e 25mg/kg de clindamicina cada 6h por 3 dias). O grupo sham recebeu somente 50mL/kg de salina imediatamente e 12h após CLP. Sobrevivência: sham 100%, CLP 40%. Dez dias após CLP, os animais foram mortos por decapitação e hipocampo, estriado, pré-frontal, córtex e cerebelo isolados para análise do dano oxidativo a lipídios (TBARS) e a proteínas (grupamento carbonil), atividade dos complexos mitocondriais (I, II, III e IV) e atividade da creatina quinase. Análise estatística foi realizada utilizando média, erro da média e teste t de student com p<0,05. Discussão dos resultados: Não houve dano a lipídios nas estruturas analisadas em comparação ao grupo Sham. No dano a proteínas, houve dano a lipídios somente em hipocampo em comparação ao grupo Sham. Na avaliação do metabolismo energético, não houve alteração na atividade do complexo I nas estruturas analisadas, porém houve um aumento da atividade do complexo II em pré-frontal, diminuição da atividade do complexo III em pré-frontal e um aumento da atividade do complexo IV em pré-frontal em comparação ao grupo Sham. Na avaliação da atividade da creatina quinase, houve uma diminuição em cerebelo e um aumento em córtex, hipocampo e estriado em comparação ao grupo Sham. Conclusão: Após 10 dias da cirurgia, os ratos sobreviventes a sepse apresentavam dano oxidativo em hipocampo e alteração no metabolismo energético cerebral. Estes achados podem estar envolvidos no mecanismo de dano cognitivo em ratos sobreviventes à sepse.


Palavras-chave:  sepse, cérebro, metabolismo energético, estresse oxidativo, creatina quinase