25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:787-2


Área: Microbiologia Geral e Meio Ambiente ( Divisão L )

ESTABILIDADE DO BIOSSURFACTANTE DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA CULTIVADA EM GLICEROL FRENTE À CONDIÇÕES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS

Selma Neide Rodrigues Lopes Silva (UNICAP); Aline Ferreira Silva (UNICAP); Charles Bronzo Barbosa Farias (FEQ/UNICAMP); Danyelle Khadydja Félix dos Santos (UNICAP); Raquel Diniz Rufino (UFPE); Juliana Moura de Luna (UFPE); Galba Maria de Campos-takaki (UNICAP); Leonie Asfora Sarubbo (UNICAP)

Resumo

A aplicação dos biossurfactantes no setor industrial irá requerer produtos estáveis a condições operacionais e ambientais extremas. No caso da indústria petroquímica, o uso de biossurfactantes como coadjuvantes nos processos de recuperação avançada de petróleo tem sido bastante promissor, embora as condições encontradas nos reservatórios de óleo, ou seja, altas temperatura, pressão e salinidade exijam a utilização de agentes eficientes e estáveis Inicialmente, a resistência do biossurfactante produzido por Pseudomonas aweruginosa cultivada em 3% de glicerol durante 96 horas a 28ºC à adição de NaCl foi investigada. O biossurfactante manteve a capacidade de redução da tensão superficial (27,5 mN/m) , medida em tensiômetro automático, até a concentração de 10 % de NaCl. A capacidade de emulsificação também permaneceu praticamente inalterada na presença do sal. O biossurfactante demonstrou pequenas variações na tensão superficial e na capacidade de emulsificação durante 1 hora de incubação a temperaturas variando de 4 a 120 °C, indicando possibilidade de uso em indústrias onde o aquecimento seja de importância fundamental no processo. Estudos com o líquido metabólico livre de células em diferentes pHs demonstraram a estabilidade da capacidade de reduzir a tensão superficial na faixa de pH entre 4 e 12, enquanto que para os pH extremos de 2 e 14 observou-se uma redução da tensão superficial. Um comportamento semelhante foi observado para a capacidade de emulsificação dos óleos vegetais testados, embora com efeito contrário nos extremos ácido e básico de pH, com acentuada redução nos percentuais das emulsões formadas. Já para o diesel, a emulsificação  manteve-se ao longo da escala de pH, com exceção do pH 2. Para a  influência do tempo de aquecimento a 90ºC foi  possível observar a manutenção da capacidade de emulsificação e da tensão superficial ao longo do intervalo de tempo testado, embora uma leve tendência de aumento da tensão tenha sido detectada.


Palavras-chave:  Glicerol, Biossurfactante, Pseudomonas