| Área: Micologia Médica ( Divisão B ) ANÁLISE DE CARIÓTIPO ELETROFORÉTICO DE ISOLADOS DE SPOROTHRIX SCHENCKII PROVENIENTES DE DIFERENTES REGIÕES GEOGRÁFICAS DO MUNDO
Alexandre Augusto Sasaki (UNIFESP); Anderson Messias Rodrigues (UNIFESP); Priscila Olliveira dos Santos (UNIFESP); Luciano dos Santos Feitosa (UNICASTELO); Zoilo Pires de Camargo (UNIFESP)
ResumoO fungo dimórfico patogênico Sporothrix schenckii é o agente etiológico da esporotricose, infecção subcutânea crônica caracterizada pelo desenvolvimento de nódulos linfáticos em humanos e animais. Poucos trabalhos têm explorado o perfil de organização cromossômica deste fungo. Em apenas um, utilizando isolados japoneses, foram encontradas poucas diferenças entre o perfil de cariótipo eletroforético das cepas. Por esta razão, este trabalho visou a caracterização de perfis eletroforéticos em cepas da América Latina e do Japão. Para realização da técnica de eletroforese de campo pulsado (ECP), os DNAs cromossômicos de 1 isolado do Japão, 2 isolados do México e 4 isolados do Peru, foram extraídos em blocos de agarose de baixo ponto de fusão (1%). Os blocos foram colocados em um gel de agarose (0,8%) e submetidos à EPC, sendo as condições de corrida divididas em 5 fases (fase 1: 900 seg/24 h; fase 2: 1800 seg/24 h; fase 3: 2700 seg/48 h; fase 4: 3600 seg/48 h; fase 5: 4500 seg/24 h), com duração total de 7 dias. A seguir, o gel foi corado com brometo de etídio (5 µg/ml) e fotodocumentado. O tamanho aproximado das bandas cromossômicas foi obtido pela comparação com o padrão de peso molecular de Schizosaccharomyces pombe através do programa LabImage 1D (versão 4.1) e o perfil de cada isolado foi gerado. Os resultados mostraram 14 bandas cromossômicas variando de 2,5 a 6,7 Mpb, o número de bandas por isolado variou de 4 a 6. O tamanho do genoma dos isolados variou de 18,5 a 28,5 Mpb e foi calculado através da soma de todas as bandas. Todas as cepas apresentaram as bandas cromossômicas de 6,7 e 5,8 Mpb. Os isolados mexicanos apresentaram perfil eletroforético semelhante com bandas de 6,7, 5,8, 3,0 e 2,8 Mpb em comum. O isolado japonês não apresentou bandas menores que 3,1 Mpb, enquanto os isolados peruanos apresentaram perfil eletroforético distintos, que variavam de 4 a 6 bandas cromossômicas. Apesar do número de amostras ser pequeno, os resultados sugerem diferenças de polimorfismo cromossômico entre isolados de diferentes regiões geográficas, dado que contradiz os resultados obtidos pelo estudo realizado apenas com isolados japoneses. Os resultados indicam a existência de diversidade genética entre os isolados de S. schenckii, porém, mais estudos são necessários para esclarecer como essas diferenças se relacionam com características do fungo.
Palavras-chave: Sporothrix schenckii, Eletroforese de Campo Pulsado, Cariótipo Eletroforético, Fungo, Esporotricose |