PESQUISA DE SLAMONELLA SP E ESCHERICHIA COLI EM AMOSTRAS DE QUEIJO TIPO MINAS FRESCAL DE FABRICAÇÃO ARTESANAL

Luciana Furlaneto Maia (UTFPR); Rodolfo Campos Zanin (UTFPR); Raissa Curti Bonfante (UTFPR); Marcelo Tempesta Oliveira (UEL); Marcia Cristina Furlaneto (UEL)

O queijo é considerado um veículo freqüente de patógenos de origem alimentar e, em especial os queijos frescos artesanais, por ser  comumente elaborado a partir de leite cru e sob condições insatisfatórias de higiene, em pequenos estabelecimentos  que não adotam de forma plena as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Portanto, a contaminação microbiológica deste produto assume destacada relevância para a saúde pública, pelo risco de causar doenças transmitidas por alimentos. Neste trabalho, foi realizado um diagnóstico da contaminação por  Escherichia coli e  Salmonella sp, de  queijo “tipo minas frescal” comercializados  na cidade de Londrina-PR. Um total de 17 amostras de queijo, comercializados por ambulantes e em feiras livres, foram avaliados neste estudo quanto a pesquisa de E. coli e de Salmonella sp. A contagem e identificação das bactérias analisadas foram realizadas pelos métodos preconizados pelo Bacteriological Analytical Manual (FDA). A confirmação de  Salmonella spp foi realizada pela técnica da PCR, utilizando oligonucleotideos gênero especifico (5’ GCC AAC CAT TGC TAA ATT GGC GCA 3’; 5’ GGT AGA AAT TCC CAG CGG GTA CTG G 3’). As colônias confirmadas de E. coli foram avaliadas quanto a presença dos genes da toxina termolabil- ETEC (5’ GCG ACA AAT TAT ACC GTG CT3’; 5’CCG AAT TCT GTT ATA TAT GT3’) e o gene de fator de aderência EPEC (5’ CAA TGG TGC TTG CGC TTG CT3’; 5’ GCC GCT TTA TCC AAC CTG GT3’). Do total de amostras avaliadas, 29,41% apresentaram colônias características de Salmonella spp nos testes bioquímicos.  Deste valor, 5 amostras foram submetidas a PCR, sendo confirmados a presença de dois isolados, apresentando banda de amplificação de 429 pares de bases. As análises moleculares de ETEC e EPEC revelaram a presença destes genes nas amostras de E. coli isoladas do queijo. Foi possível verificar que a qualidade do queijo minas frescal comercializado em Londrina está comprometida, acarretando riscos à saúde publica.