ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE ENTEROCOCCUS SP EM AMOSTRAS DE QUEIJO TIPO MINAS FRESCAL.

Luciana Furlaneto-maia (UTFPR); Rodolfo Campos Zanin (UTFPR); Raissa Curti Bonfante (UTFPR); Marcelo Tempesta Oliveira (UEL); Marcia Cristina Furlaneto (UEL)

O gênero Enterococcus, engloba espécies bacterianas causadores de deterioração em alimentos e toxinfecções em humanos. A distribuição de enterococos na natureza é ampla e  faz parte da microbiota normal do homem e de animais, particularmente, do trato intestinal. São freqüentemente utilizados como "indicadores complementares" do grupo coliforme na determinação de contaminação fecal, e  vêm se  destacando nos últimos anos como patógenos oportunistas. Este trabalho propõem o isolamento e identificação fenotípica de Enterococcus spp de amostras de queijo tipo "minas frescal" comercializados em feiras livres e supermercados,  na cidade de Londrina. O isolamento dessa bactéria ocorreu em Agar seletivo-diferencial (KF agar) e as colônias características foram  submetidas ao teste de coloração de Gram, catalase,  crescimento em temperaturas de 10 ºC e 45ºC,  e em meio de cultura hipersalinizado  (NaCl 6,5%). A técnica de PCR foi aplicada para confirmação das espécies E. faecalis e E. faecium, utilizando os oligonucleotideos iniciadores (5' ATCAAGTACAGTTAGTCT3'; 5'ACGATTCAAAGCTAACTG3') e (5'GCAAGGCTTCTTAGAGA3'; CATCGTGTAAGCTAACTTC 3'), respectivamente. O teste de sensibilidade a antibiótico foi realizado pelo método de difusão em agar, de dez colônias selecionadas aleatoriamente.  Foram analisadas 20  amostras de queijo tipo "minas frescal", sendo isoladas Enterococcus sp em 100% delas. Das colônias confirmadas para Enterococcus sp, 27 foram submetidas a técnica de PCR, sendo 24 colônias confirmadas para E. faecium, apresentando um amplicon de 550 pb.  Três colônias não confirmaram a espécie E. faecium e E. faecalis. Os antibióticos testados foram amicacina, amoxicilina, ampicilina, cefalotina, cloranfenicol, eritromicina, estreptomicina, gentamicina, neomicina e oxacilina. Todas as amostras de enterococos apresentaram-se sensíveis à amoxicilina, ampicilina e cloranfenicol, e   50 % destas apresentaram  resistentes a pelo menos um dos  demais antibióticos testados.