Materiais e métodos: Foram selecionados 18 ORSA, de amostras clínicas: cateter, lavado broncoalveolar, escarro, sangue, swab de úlcera e de pele e fragmento de osso, de pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), no período de junho à julho de 2009. Estas bactérias tiveram a identificação e a susceptibilidade a vários antimicrobianos feitos inicialmente no sistema automatizado Vitek 2® (Biomériux). O teste de sensibilidade à vancomicina e à daptomicina foi feito por Etest® (ABBIODISK) seguindo as instruções do fabricante. Resultados e Discussão: Dos 18 S. aureus analisados, 77,8% (n=14) mostraram resistência à clindamicina e eritromicina, 50% (n=9) à gentamicina, 61,1% (n=11) à levofloxacino, 38,9% (n=7) à tetraciclina e 100% das amostras mostraram sensibilidade à linezolida e a vancomicina. Portanto, a maioria das amostras de S. aureus analisadas eram multidroga resistentes (MDR). A CIM da vancomicina variou de 1 a 2 µg/mL, apresentando CIM ⁹⁰ de 1,5 µg/mL (valor de referência (VR) ≤2 sensível,CLSI,2009), mostrando que 100% das amostras eram sensíveis à vancomicina, tal como obtido pelo método de microdiluição em caldo automatizado. Os valores das CIM para daptomicina variaram de 0,125 a 0,5 µg/mL, apresentando CIM ⁹⁰  de 0,5 µg/mL  (VR ≤1 sensível,CLSI,2009), mostrando sua eficácia contra estes microrganismos.

Conclusão: Nenhuma destas amostras eram S. aureus com resistência intermediária à vancomicina (VISA) ou S. aureus resistentes à vancomicina (VRSA). Os resultados deste trabalho mostraram a eficácia in vitro da daptomicina contra as amostras de ORSA sensíveis à vancomicina recentemente isoladas no HCFMRP, sugerindo que a droga é uma alternativa terapêutica para infecções estafilocócicas hospitalares.