25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:750-2


Área: Microbiologia Geral e Meio Ambiente ( Divisão L )

PRODUÇÃO DE ENCAPSULANTE DE LIBERAÇÃO CONTROLADA PARA FINS DE BIORREMEDIAÇÃO DE AMBIENTES CONTAMINADOS POR HIDROCARBONETOS DE PETRÓLEO.

Everton Amazonas Reis (UFRJ); Hugo Emiliano de Jesus (UFRJ); Maria Helena M.leão (UFRJ); Alexandre Soares Rosado (UFRJ); Selma Gomes Ferreira Leite (UFRJ)

Resumo

No atual contexto mundial, em que preocupação com o meio ambiente vem crescendo abruptamente, o domínio da tecnologia tornou-se essencial para qualquer país. Tecnologias aplicáveis a diversos setores e que permitem um controle mais sofisticado de certas propriedades de uso de diferentes produtos, alcançam hoje maior valor estratégico. Entre tecnologias com grande potencial está a microencapsulação de materiais ativos. Diversos estudos vêm avaliando a utilização de fertilizantes de liberação lenta, como uma forma de bioestímulo, para fornecer as concentrações de nutrientes necessárias ao processo de biorremediação. Esses produtos são usualmente utilizados para diferentes cultivares agrícolas e fornecem nutrientes para as culturas durante todo o seu ciclo de crescimento. Diante da elevada potencialidade do uso de microorganismos degradadores de hidrocarbonetos de petróleo acoplado com a tecnologia de liberação controlada de materiais ativos, surgiu nosso objetivo de produzir um encapsulante de liberação controlada de NPK para fins de biorremediação.

Materiais e Métodos: Para formulação do encapsulado foram utilizados os biopolímeros Alginato e Capsul, e o fertlizante comercial NPK da empresa sempre verde. Utilizou - se o óleo Sergipano terra como única fonte de carbono e o meio mineral bushnell-hass para cultivar o consórcio de microorganismos degradadores de óleo, Analisou-se a cinética de liberação de Fósforo e Nitrogênio Total, foi realizado também um planejamento experimental com software statistical 7.0 para variar a concentração de capsul e óleo no sistema líquido, onde obteve uma otimização de uma cápsula de fertilizante com 4 mm de espessura, formada com 3% de Alginato, 4,1% de Capsul.

Os resultados otimizados obtidos mostram um crescimento microbiano exponencial mais estável e duradouro quando comparado ao experimento em que os nutrientes estão livres no meio de cultura, além disso, estão sendo providenciadas análises de óleos e graxas para averiguar degradação de óleo. Diante dos resultados obtidos já é possível avaliar a eficiência do produto, já que a ação de proteção e controle desses nutrientes torna a relação custo benefício da técnica de biorremediação mais positivo.


Palavras-chave:  Bioestimulo, Biorremediação, Encapsulante, NPK, Petróleo