25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:747-1


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS DE SALMÃO (SALMO SALAR) COMERCIALIZADO EM ALGUMAS CIDADES DO ESTADO DE SÃO PAULO

Natália Maramarque Nespolo (UNESP); Thaís Mioto Martineli (UNESP); Natacha Deboni Cereser (UNESP); Bruna Akie Kamimura (UNESP); Oswaldo Durival Rossi Junior (UNESP)

Resumo

Introdução: Tem sido evidente o aumento no consumo de pescado, especialmente do salmão (Salmo salar) sob a forma "in natura", em pratos da cozinha oriental, principalmente sushis e sashimis. Como conseqüência, tem havido maior preocupação quanto às suas características higiênico-sanitárias, tendo em vista a facilidade que microrganismos encontram para se desenvolver em sua carne, o que pode expor os consumidores a agentes que causam desde uma simples gastrenterite até o óbito. Objetivo: Avaliar características microbiológicas do salmão, por meio da quantificação de microrganismos heterotróficos mesófilos, coliformes totais,  termotolerantes, Escherichia coli, Vibrio parahaemolyticus e Staphylococcus aureus e pela pesquisa de Salmonella sp., no sentido de contribuir com subsídios técnicos para criar uma legislação brasileira com padrões microbiológicos específicos para o pescado consumido cru. Materiais e métodos: Foram analisadas 31 amostras de salmão, 16 refrigeradas e 15 congeladas, colhidas no comércio varejista de cidades da região nordeste do estado de São Paulo. Resultados: A população de microrganismos heterotróficos mesófilos variou de 1,0 x 10 a 3,9 x 106 UFC/g, sendo 64,52% das amostras com populações entre 1,0 x 10 e 9,8 x 103 UFC/g e apenas 16,13% acima de 105 UFC/g, ou seja, favorável ao início da decomposição. Coliformes totais e termotolerantes estavam ausentes em, respectivamente, 67,74% e 80,64% das amostras, no entanto, dentre as que apresentaram coliformes termotolerantes, 6,44% ultrapassaram o limite populacional estabelecido pela RDC no 12 (ANVISA) de 102 NMP/g para pratos prontos a base de pescado cru. Ainda, houve a presença de Staphylococcus aureus em uma amostra com população de 5,5 x 102 UFC/g, ou seja, abaixo do limite estabelecido pela RDC no 12. Não foram isolados Vibrio parahaemolyticus, Salmonella sp. e Escherichia coli.  Conclusões: Os resultados permitem verificar que é possível obter pescado destinado ao consumo, muitas vezes cru, com melhor qualidade microbiológica que aquela prevista na legislação brasileira para pratos prontos a base de pescado consumido cru.


Palavras-chave:  microbiologia, pescado, salmão