25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:744-3


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA (MRSA) COLONIZANDO PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DA CIDADE DO NATAL-RN

Claudio Bruno Silva de Oliveira (UFRN); Maria Narriman Guimarães Gouveia (HMAF); Maria da Conceição Silva Fernandes (HMAF); Jannyce Guedes da Costa (UFRN); Ana Carolina Sarmento Torres (HMAF); Maria de Fátima Martins de Araújo (HMAF); Edinôra Assunção Rocha (HMAF); Ana Maria Alves Freitas (HMAF); Maria Celeste Nunes de Melo (UFRN)

Resumo

INTRODUÇÃO: O MRSA é um importante patógeno nosocomial, freqüentemente encontrado causando infecções em pacientes de UTI's e os profissionais de saúde podem ser veiculadores em potencial desse microorganismo. Nesse contexto, este trabalho objetivou determinar a prevalência de MRSA colonizando funcionários de uma UTI de um Hospital Pediátrico localizado na cidade do Natal/RN. METODOLOGIA: As amostras foram coletadas das narinas de 33 profissionais utilizando swabs estéreis, incubadas em caldo BHI por 18h a 35ºC. Posteriormente, foram semeadas em Agar Manitol Salgado por um período de 24h a 37ºC. As amostras observadas como cocos gram-positivos na coloração de Gram e positivas na prova da catalase e que não fermentaram Manitol foram identificadas por reações bioquímicas, enquanto que as amostras que fermentaram Manitol foram então identificadas com um kit sorológico "Staphy-Test" (Probac). Perfis duvidosos foram confirmados com o aparelho semi-automático "ATB Expression" (BioMerrieux). As amostras de S. aureus foram submetidas ao antibiograma utilizando os discos de Cefoxitina e Oxacilina para detecção da resistência à meticilina/oxacilina. Uma vez identificado como MRSA, a cepa foi submetida ao antibiograma para outros antimicrobianos através do aparelho semi-automático "ATB Expression" e para Mupirocina através do método disco-difusão. RESULTADOS: Das 66 amostras, 24,3% foram identificadas como S. aureus e 75,7% como estafilococos coagulase-negativa. Dentre os S. aureus, 31% foram MRSA's oriundos de 3 profissionais, representando uma prevalência de 9% de profissionais colonizados. Os MRSA's apresentaram resistência somente aos beta-lactâmicos. Todos também foram sensíveis a Mupirocina, normalmente utilizada para descolonização deste microorganismo. CONCLUSÃO: A presença de MRSA colonizando os profissionais de saúde representa risco potencial de transmissão desse microorganismo para os pacientes e isto também nos mostra a necessidade de medidas de descolonização destes profissionais pra inibir a transmissão e disseminação desses microorganismos.


Palavras-chave:  MRSA, Profissionais de Saúde, UTI