AVALIAÇÃO DA TAXA DE CLIVAGEM EM ZIGOTOS MURINOS INFECTADOS, EXPERIMENTALMENTE, COM O VÍRUS DA RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (BOHV-1), AMOSTRA COLORADO.

Eduardo Gimenes Palazzi (IB/CPDSA); Ana Carolina Goes (IB/CPDSA); Mariana Moraes Piccolomini (IB/CPDSA); Danielle Labadessa Pavão (IB/CPDSA); Leandro M Batista (IB/CPDSA); Mayra F Alves (IB/CPDSA); Magali Dangelo (IB/CPDSA)

O Brasil, como um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, estabelece uma alta relação de exportação devido a técnicas bem sucedidas de criopreservação de embriões. Sendo assim, pesquisas sobre a qualidade e controle sanitário da produção in vitro de embriões (PIV), são realizadas mundialmente devido a preocupação com a transmissão de doenças infecciosas e que podem cocorrer durante todo o procedimento. Visando assegurar o controle da contaminação por patógenos através da PIV, foram desenvolvidas pela Sociedade Internacional de Transferência de Embriões (IETS), técnicas de tratamentos e avaliação de viabilidade embrionária, dentre estas, a taxa de clivagem enquadra-se como parâmetro de estudo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a taxa de clivagem em embriões murinos, utilizados como modelo experimental, infectados com o vírus da Rinotraqueíte infecciosa bovina (BoHV-1), amostra Colorado. Camundongos fêmeas (Mus musculus) Swiss Webster com idade entre 6 e 8 semanas, foram superovuladas com 0,2mL a 5UI de hormônios (eCG e hCG), e acasaladas com machos inteiros da mesma linhagem e idade. Após 18 horas, as fêmeas foram sacrificadas em câmara de CO₂ e, através de abertura no peritônio, os zigotos foram coletados e lavados com solução de pronase 0,5% a 37ºC, para total remoção de células do cumulus. Os zigotos foram então separados em grupo controle e grupo exposto à 30µL de BoHV-1, amostra Colorado (10^7,8 TCID₅₀/mL), mantidos em meio TCM199, levados à estufa a 38°C, 5% de CO₂ e 95% de umidade, e avaliados após 24 horas por microscopia óptica. Com um total de 306 zigotos murinos analisados, para o grupo controle a taxa de clivagem foi de 61,70% enquanto que para o grupo exposto ao BoHV-1 amostra Colorado, verificou-se a clivagem de 35,85%, obtendo-se p=19,57. Para análise estatítica dos dados observados, utilizou-se o teste c² (p>0,05) onde constatou-se significância nos resultados obtidos. Através dos dados demonstrados, observou-se uma estreita relação entre o vírus BoHV-1 e a taxa de clivagem dos embriões, evidenciando portanto, o método com um indicador do controle da presença e transmissão de patógenos, durante o processo de produção in vitro de embriões bovinos.