25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:732-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

PESQUISA DE MYCOPLASMA AGALACTIAE EM AMOSTRAS DE LEITE DE CAPRINOS E OVINOS DA REGIÃO SUDOESTE PAULISTA

Maristela Vasconcellos Cardoso (Instituto Biológico); Igor Stefan Popovic Federsoni (Instituto Biológico); Daniela Pontes Chiebao (APTA / SAA-SP); Fabio H. L. Gabriel (APTA / SAA-SP); Maria do Carmo C. S. H. Lara (Instituto Biológico); Eliana M. C. Villalobos (Instituto Biológico); Lília Marcia Paulin Silva (Instituto Biológico)

Resumo

Mycoplasma agalactiae é o principal agente da Agalactia Contagiosa, uma das micoplasmoses mais importantes na área veterinária. Surtos podem envolver 100% dos susceptíveis e destes, 10 a 20% podem ir a óbito. A doença é caracterizada por mastite aguda, uni ou bilateral, que pode evoluir para agalactia e septicemia, temperatura elevada, inapetência; artrite e ceratoconjuntivite são observadas em 5 a 10% dos animais afetados. A doença apresenta distribuição mundial, desta forma, o comércio internacional de animais e materiais genéticos contaminados é fonte potencial de disseminação do agente. Síndrome similar pode ser causada por Mycoplasma capricolum subsp. capricolum e M. mycoides subsp. capri, indicando a necessidade de um diagnóstico diferencial. No Brasil, o primeiro relato sobre surto desta enfermidade foi realizado em 2006 na Paraíba, porém, seu status no Estado de São Paulo é desconhecido. Com o objetivo de detectar o agente da Agalactia Contagiosa em pequenos ruminantes, foram colhidas amostras de leite em animais de 18 propriedades localizadas em 11 cidades da região Sudoeste Paulista. No total, foram colhidas 75 amostras de leite em pool dos dois tetos de 42 ovelhas e 33 cabras. As amostras foram analisadas através de técnicas de cultivo específico para micoplasmas e PCR genérico e específico. Nenhuma das amostras testadas se mostrou positiva ao isolamento para Mycoplasma em meio Hayflick modificado, porém, a PCR genérica (Sistema MGSO/GPO-32) revelou a presença do gênero em 11 (14,7%) amostras (3 leites de cabras, equivalentes a 9% ou 3/33, e 8 leites de ovelhas, equivalentes a 19% ou 8/42). A PCR espécie-específica para M. agalactiae foi negativa para todas as amostras. Em virtude da distribuição das amostras colhidas, pode-se inferir que esta região do Estado de São Paulo encontra-se livre da doença. A expansão do trabalho para as demais regiões do Estado está em andamento, desta forma, a real situação da enfermidade será conhecida, fornecendo subsídios para as autoridades competentes desenvolverem programas de controle.


Palavras-chave:  Mycoplasma agalactiae, Agalactia Contagiosa, caprino, ovino, mastite