25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:717-1


Área: Patogenicidade Microbiana ( Divisão D )

DIFERENCIAÇÃO DE CRESCIMENTO E ESPORULAÇÃO DE MYCOSPHARELLA FIJIENSIS EM VÁRIOS MEIOS DE CULTURA

Ricardo Douglas Souza (UFMT); Antonio Marcos Soares (UFMT); Gilvan Ferreira da Silva (EMBRAPA)

Resumo

Introdução: Devido à importância do fitopatôgeno Mycospharella fijiensis, são necessários estudos sobre suas variações genéticas e dos mecanismos moleculares de patogenicidade do mesmo. Micélio e conídios são necessários em diferentes estudos de genética clássica e moleculares. Sabendo-se que a composição dos meios de cultura pode influenciar o crescimento e esporulação de fitopatógenos in vitro, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a diferenciação de conídios e do crescimento do fungo M. finjensis em diferentes meios de cultura. Materiais e métodos: Para análise de crescimento e esporulação foram utilizados 6 meios de cultura, sendo eles: BDA (batata dextrose ágar), BDA+CaCO3 (batata dextrose ágar acrescido de carbonato de cálcio), EFB (extrato de folha de bananeira), ETA+CaCO3 (extrato de tomate ágar acrescido de carbonato de cálcio), ETBCBA (extrato de terra acrescido de batata, cenoura beterraba ágar), BCVA (batata, cenoura, vagem, ágar); os caldos dos respectivos meios foram utilizados para indução da esporulação. Disco de 1 cm do micélio de M. fijensis foi inoculado no centro das placas de Petri contendo os diferentes meios de cultura e mediu-se o diâmetro da colônia a cada 3 dias por 21 dias. Após este período, os conídios foram obtidos com solução salina e contados com o auxílio da câmara de Neubauer. Os caldos forma inoculados com 1 mL de uma suspensão de 4,5 x 104 conídios/ml; após 20 dias a produção de conídios foi estimada. Resultados e discussão: Os meios avaliados apresentaram crescimento similares, variando de 1,8 a 1,9 cm para os meios ETBCBA e ETA + CaCO3 respectivamente. No teste de esporulação em meio sólido o meio BDA foi o que apresentou melhor resultado com 7,1 x 104 conídios/ml. Em meio líquido, o caldo ETBCB foi o mais eficiente na indução da esporulação do mesmo com 2 x 104 conídios/ml, apesar de ser menos eficiente que o meio sólido. O resultado obtido em meio sólido também indica que nem todos os meios que promovem maior crescimento têm o mesmo potencial para promover melhor esporulação. Conclusão: Os meios sólidos BDA e EFB promovem melhor crescimento e esporulação para o fitopatógeno M. fijiensis.


Palavras-chave:  Crescimento, Esporulação, Meios de cultura