25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:713-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

MICROBIOTA BACTERIANA DO CAMARÃO-CANELA MICROBRACHIUM AMAZONICUM DO RIO SÃO FRANCISCO

Luciana Jatobá E Silva (UNIVASF); Nara Patrícia Cavalcante Andrade (UNIVASF); Francisco Messias Alves Filho (UNIVASF); Manuel Valente Carrera (UNIVASF); Mateus Matiuzzi da Costa (UNIVASF)

Resumo

Na família Palaemonidae, os camarões do gênero Macrobrachium caracterizam-se por uma ampla distribuição mundial nas águas doces e salobras. Na infra-estrutura e nos serviços de saneamento básico na Região Nordeste e nos centros urbanos municipais localizados às margens dos rios, há fragilidades que contribuem para a constante contaminação microbiológica da água dos estuários, afetando de maneira direta sua qualidade. Com objetivo de avaliar a qualidade microbiológica foram coletados 10 camarões nas margens do rio São Francisco no município de Petrolina e encaminhados ao Laboratório de Microbiologia e Imunologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco, onde foram feitos “pool” para isolamento bacteriano e semeados em Ágar TSA (Tryptic Soy Agar) e MC (Agar MacConkey) e após levadas para a estufa a 27ºC. A leitura das placas foi realizada em 24 e 48h, e os agentes bacterianos foram identificados por meio de características morfológicas, bioquímicas e tintoriais. O perfil de sensibilidade dos microrganismos foi determinado através do método de difusão em disco Kirby-Bauer modificado.  Dos dez camarões encontrados na bacia do Rio São Francisco foram isoladas 26 bactérias entre elas: 8 Enterobacter aerogenes, 4 klebsiella spp., 4 Staphylococcus spp., 3 Acienotobacter spp., 2 Streptococcus spp., 2 Alcaligenes spp., 1 Shiguella spp., 1 Escherichia coli, e 1 Pseudomonas spp. das quais: 24 (92,3%) a enrofloxacina (05mcg); 23 (88,4%) a tetraciclina (30mcg); 22 (84,6%) foram sensíveis a sulfazotrim (25mcg); 22 (84,6%) a  ceftriaxona (30mcg); 20 (76,9%) a estreptomicina (10mcg); 17 (65,3%) a gentamicina (10mcg); 15 (57,6%) a ácido nalidixico (30mcg); 15 (57,6)% a eritromicina (15mcg); 14 (53,8%) a ampicilina (10mcg); 13 (50%) a amoxacilina (10mcg); 12 (46,1%) a nitrofurantoina (300mcg); 11 (42,3%) a neomicina (30mcg) e 10 (38,4%) a lincomicina (02mcg). Sendo a bactéria Streptococcus spp., em média, a mais sensível aos antimicrobianos com 6% e Pseudomonas spp. a menos sensível com 23%. Neste estudo verificou-se a ocorrência de bactérias com potencial patogênico para organismos aquáticos, bem como para consumidores humanos. As diferenças observadas nos perfis de sensibilidade demonstram a importância da realização de testes para identificação do agente causal e da sua sensibilidade antimicrobiana.


Palavras-chave:  ANTIMICROBIANO, CONTAMINAÇÃO, RESISTÊNCIA