25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:709-1


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

ANÁLISE DA DIVERSIDADE BACTERIANA DE MANGUEZAL DA COSTA CEARENSE POR ELETROFORESE EM GEL DE GRADIENTE DESNATURANTE (DGGE)

Caio Henrique Leão (UFC); Vanessa Lúcia Rodrigues Nogueira (UFC); Alysson Lira Angelim (UFC); Georgia Barguil Colares (UFC); Lidiane Leal Rocha (UFC); Vânia Maria Maciel Melo (UFC)

Resumo

manguezal é um ecossistema costeiro de grande importânica ecológica e econômica. Apesar dessa importância, os manguezais vêm sendo degradados por atividades antropogênicas. Esses impactos ambientais podem afetar a diversidade e funcionalidade das comunidades microbianas. Técnicas moleculares de fingerprints são valiosas para a investigação e monitoramento das variações espaciais e temporais das comunidades microbianas de amostras ambientais. Assim, esse trabalho teve por objetivo fazer o primeiro levantamento da diversidade de bactérias do estuário do Jaguaribe (Fortim, Ceará), visando contribuir para o conhecimento dessa diversidade e possível exploração para recuperação de manguezais impactados ou aplicações industriais. O trabalho foi realizado em 2008 durante as estações seca e chuvosa. Foram coletadas amostras de solo (0-10 cm), em triplicata, de três áreas do manguezal,  deniminadas P1 (próxima a margem do rio), P2 (colonizada por Rhizophora mangle) e P3 (colonizada por Avicennia sp.). Durante as coletas, foram realizadas medidas de temperatura, pH e salinidade, com auxílio de uma sonda multiparamétrica. Os solos também foram analisados quanto à granulometria e conteúdo de matéria orgânica. Para o estudo da biodiversidade, as triplicatas dos solos de cada área foram reunidas separadamente em amostras compostas e o DNA foi extraído com kit comercial (PowerSoil™ DNA Isolation - MoBIO, USA)O DNA total foi amplificado por PCR utilizando os iniciadores GC338F e 518R, para região V3 do gene 16S rRNA. Os produtos foram separados por DGGE com gradiente desnaturante (25% a 65%) de uréia e formamida. O gel foi submetido a 200 V por 4h a 60 °C e após a corrida, corado com SYBR Green (1:10000) por 1h e visualizado sob luz UV.  Os dados abióticos foram analisados através de Análise de Componentes Principais (PCA) utilizando o programa PRIMER 6. A PCA agrupou os solos P2 (Rhizophora) e P3 (Avicennia), que foram diferentes de P1. As três áreas estudadas mostraram distintas populações de bactérias, sendo P2 e P3 mais ricas do que P1. Não foram observadas diferenças nas populações relacionadas à estação climática. Foram detectadas OTUs comuns às três áreas. As comunidades de bactérias do manguezal do Jaguaribe parecem ser influenciadas pela presença e tipo de vegetação, ressaltando a importânica de se reduzir os impactos sobre esse bioma.

Agradecimentos: CNPq, FUNCAP

     


Palavras-chave:  Manguezal, Biodiversidade, DGGE