25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:691-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

DIAGNÓSTICO MOLECULAR E PERFIL DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE ESCHERICHIA COLI DE ORIGEM HUMANA, ANIMAL, AMBIENTAL E ALIMENTAR

Cintya de Oliveira Souza Souza (IEC); Jackeline de Sousa Carrera Carrera (IEC); Edvaldo Carlos Brito Loureiro Loureiro (IEC)

Resumo

Introdução: As Escherichia coli são enterobactérias que habitam o trato gastrointestinal de humanos e animais; estão amplamente distribuídas no solo e ambientes aquáticos contaminados por fezes, e a ingestão de água ou alimentos são importantes fontes de contaminação ao homem. As E.coli diarreiogênicas são classificadas pela presença de genes de virulência: EPEC-E.coli enteropatogênica, ETEC-E.coli enterotoxigênica, STEC-E.coli produtora de toxina de Shiga, EIEC-E.coli enteroinvasora e EAEC- E.coli enteroagregativa. Portanto, a investigação de E.coli patogênicas em amostras de diferentes origens permite esclarecer sua ocorrência e importância nas infecções intestinais. Objetivos: Realizar o diagnóstico molecular e avaliar o perfil de resistência antimicrobiana de E. coli de origem humana, animal, ambiental e alimentar. Materiais e Métodos: Foram avaliadas 220 amostras de E. coli, sendo 100 humanas (fezes e urina), 20 animais (fezes de preguiça e búfalo), 50 ambientais (água superficial e areia de praia) e 50 alimentares (vinho e caroço de açaí). O DNA bacteriano foi termo-extraído e dois sistemas de PCR-multiplex foram utilizados na investigação dos genes de ETEC (lt-1 e st-a), EPEC (bfp, eae e EAF), EIEC (ipaH) e STEC (stx-1, stx-2 e eae). A resistência aos antimicrobianos foi determinada pelo método de difusão em sistema de disco utilizando doze antimicrobianos. Resultados e Conclusões: Das amostras analisadas, 15% (33/220) foram caracterizadas como E.coli patogênicas, sendo 79 % de origem humana (fezes), 12 % ambiental (areia de praia e água superficial) e 9 % de animal (búfalo). As ETEC (64%) e EPEC-atípicas (27%) foram as categorias mais frequentes entre as amostras humanas e ambientais. Entre as animais foram identificadas apenas STEC produtora de Stx-2. Com exceção de uma única amostra ambiental, a resistência aos antimicrobianos foi observada com maior freqüência entre as amostras isoladas de fezes de origem humana, apresentando resistência a ampicilina e sulfametoxazol-trimetroprima (57,6%) e tetraciclina (24,3%). As categorias patogênicas de E.coli em humanos estavam associadas, principalmente, a casos diarréicos e a ocorrência destas categorias em ambientes e animais sugere que estas podem ser possíveis fontes de contaminação para o homem.


Palavras-chave:  antimicrobianos, Escherichia coli diarreiogênicas, diagnóstico molecular, diferentes origens, resistencia