PRESENÇA DE BACTÉRIAS DOS GÊNEROS ENTEROBACTER, CITROBACTER E KLEBISIELLA EM RAÍZES DE CENOURA COMERCIALIZADAS EM RECIFE

Luana Miguel dos Anjos (UFRPE); Rosa Maria Nunes Galdino (UFRPE); Adriano Barbosa da Silva (UFRPE); Karla Monique Cordeiro da Silva (UFRPE); Gabriela Mendes Campos (UFRPE); Jacqueline Azevedo de Almeida (UFRPE)

Cada vez mais cresce a preocupação com uma alimentação mais saudável e consequentemente aumenta o grau de exigências pelo consumidor. No entanto, nem sempre as características observadas no alimento garantem segurança alimentar. Objetivou-se isolar bactérias pertencententes aos gêneros Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella em amostras de raízes de cenouras comercializadas na cidadae do Recife-PE. Foram analisas 10 amostras, sendo cinco proveniente de feiras-livres e cinco proveniente de supermercados. Cada unidade amostral foi composta por seis unidades de raízes de cenouras fragmentadas e homegeneizadas. Como meio de pré-enriquecimento utilizou-se o caldo lactosado (CL). Os caldos Selenito Cistina (SC) e Tetrationato (TT) foram utilizados como meio de enriquecimento. Para isolamento das colônias o método de plaqueamento diferencial  foi realizado em meio Ágar Xilose Lisina Dexosicolato (XLD) e Ágar Entérico Hectoen (HE). Considerou-se no meio XLD como colônias típicas do gênero Enterobacter, colônias amarelas e opacas com alo precipitado amarelo ao seu redor; do Citrobacter colônias amarelas e opacas podendo apresentar um centro negro com bordas claras e do Klebsiella, colônias grandes amarelo-pálido, mucóides e opacas com alo precipitado amarelo as rodeando. Enquanto que no meio HE foram consideradas como colônias características do gênero Enterobacter as colônias de rosa a salmon; do Citrobacter colônias azuis-esverdeadas com centro negro, alaranjadas até amarelas com centro negro e bordas claras e do Klebsiella as colônias de laranja a rosa salmon. Das amostras analisadas 10% mostraram-se contaminadas por bactérias do gênero Citrobacter (proveniente de feira-livre), 40% por bactérias do gênero Enterobacter (sendo 30% de feiras-livres e 10% de supermercados) e 50% por bactérias do gênero Klebsiella (20% de feiras-livres e 30% de supermercados). Esta contaminação pode está associada a qualidade microbiológica da água de irrigação e a frequente forma de hidratação por parte dos feirantes. A presença desses microrganismos nessa hortaliça a torna suceptível a ser cosiderada a um fator de risco para a saúde humana, podendo causar doenças de leves a graves, bem como a causar prejuízos tanto aos comerciantes quanto ao consumidor devido às alterações indesejáveis.