Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A ) PREVALENCIA,DIVERSIDADE E SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DOS ESTREPTOCOCOS DO GRUPO A
Aline Rosa Vianna de Souza (UFRJ); Izabella Sodre Buty da Silva (UFRJ); Ana Beatriz de Almeida Correa (UFRJ); Tatiana de Castro Abreu Pinto (UFRJ); Marcos Correa de Mattos (UFRJ); Ivi Cristina Menezes de Oliveira (UFRJ)
Resumo
Análise fenotípica e genotípica de Streptococcus pyogenes colet
Estreptococos
do grupo A (Streptococcus pyogenes, EGA) são
considerados um dos patógenos humanos mais comuns, sendo o
agente etiológico de um grande número de doenças
que variam de quadros clínicos muito comuns, como a faringite
aguda, a infecções severas e letais, como a fascite
necrosante. Esse microrganismo pode ser encontrado colonizando a
orofaringe e a pele, estando também relacionado ao
desenvolvimento de sequelas não supurativas como a febre
reumática e a glomerulonefrite difusa aguda. O EGA e
a principal causa de faringite bacteriana, principalmente em
crianças em idade escolar entre 5 e 15 anos e também em
grupos submetidos a aglomerações como as que ocorrem em
instituições militares. As infecções
estreptocócicas não tratadas podem ser seguidas por
febre reumática em até 3% dos casos nessa última
população. O objetivo desse trabalho foi estudar a
prevalência, a susceptibilidade aos antimicrobianos e
características fenotípicas e genotípicas de
cepas de EGA em militares do Centro de Instrução
Pára-Quedista General Penha Brasil (CIPqdt GPB). Para tal,
foram realizadas duas coletas em turmas diferentes, a primeira em
2008 e a segunda em 2009, totalizando 258 swabs de orofaringe. A
prevalência de EGA, englobando ambas as coletas, foi de 7,7%, o
que indica uma ocorrência maior deste microrganismo se
comparado a população adulta civil. Alem disso, outras
especies de estreptococos também foram encontradas, como os
grupos B, C e G, porem em menor numero. Todas as cepas de EGA foram
sensíveis a penicilina, cloranfenicol, vancomicina,
rifampicina e levofloxacina. Cinco porcento das cepas apresentaram
resistência a tetraciclina e 5% a eritromicina e clindamicina,
demonstrando o fenótipo MLSb constitutivo, o que exclui esses
dois antibióticos como segunda opção para
tratamento desses indivíduos. Através da técnica
de reação em cadeia da polimerase (PCR), foi
identificado o gene ermB como o responsável por essa
resistência. A analise pela técnica de eletroforese em
campos alternados (PFGE) indicou uma alta diversidade genética
entre as cepas de EGA analisadas, sugerindo uma origem multiclonal
para a prevalência de EGA na população militar em
estudo, apesar de algumas cepas apresentarem ate 70% de similaridade
entre si.
Palavras-chave: EGA, Miitares, Orofaringe |