25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:648-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PREVALENCIA,DIVERSIDADE E SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DOS ESTREPTOCOCOS DO GRUPO A

Aline Rosa Vianna de Souza (UFRJ); Izabella Sodre Buty da Silva (UFRJ); Ana Beatriz de Almeida Correa (UFRJ); Tatiana de Castro Abreu Pinto (UFRJ); Marcos Correa de Mattos (UFRJ); Ivi Cristina Menezes de Oliveira (UFRJ)

Resumo

Análise fenotípica e genotípica de Streptococcus pyogenes colet

Estreptococos do grupo A (Streptococcus pyogenes, EGA) são considerados um dos patógenos humanos mais comuns, sendo o agente etiológico de um grande número de doenças que variam de quadros clínicos muito comuns, como a faringite aguda, a infecções severas e letais, como a fascite necrosante. Esse microrganismo pode ser encontrado colonizando a orofaringe e a pele, estando também relacionado ao desenvolvimento de sequelas não supurativas como a febre reumática e a glomerulonefrite difusa aguda. O EGA e a principal causa de faringite bacteriana, principalmente em crianças em idade escolar entre 5 e 15 anos e também em grupos submetidos a aglomerações como as que ocorrem em instituições militares. As infecções estreptocócicas não tratadas podem ser seguidas por febre reumática em até 3% dos casos nessa última população. O objetivo desse trabalho foi estudar a prevalência, a susceptibilidade aos antimicrobianos e características fenotípicas e genotípicas de cepas de EGA em militares do Centro de Instrução Pára-Quedista General Penha Brasil (CIPqdt GPB). Para tal, foram realizadas duas coletas em turmas diferentes, a primeira em 2008 e a segunda em 2009, totalizando 258 swabs de orofaringe. A prevalência de EGA, englobando ambas as coletas, foi de 7,7%, o que indica uma ocorrência maior deste microrganismo se comparado a população adulta civil. Alem disso, outras especies de estreptococos também foram encontradas, como os grupos B, C e G, porem em menor numero. Todas as cepas de EGA foram sensíveis a penicilina, cloranfenicol, vancomicina, rifampicina e levofloxacina. Cinco porcento das cepas apresentaram resistência a tetraciclina e 5% a eritromicina e clindamicina, demonstrando o fenótipo MLSb constitutivo, o que exclui esses dois antibióticos como segunda opção para tratamento desses indivíduos. Através da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), foi identificado o gene ermB como o responsável por essa resistência. A analise pela técnica de eletroforese em campos alternados (PFGE) indicou uma alta diversidade genética entre as cepas de EGA analisadas, sugerindo uma origem multiclonal para a prevalência de EGA na população militar em estudo, apesar de algumas cepas apresentarem ate 70% de similaridade entre si.


Palavras-chave:  EGA, Miitares, Orofaringe