25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:646-1


Área: Micologia Médica ( Divisão B )

EFEITO DA ATIVIDADE AMEBICIDA DOS EXTRATOS DE PRÓPOLIS EM AMEBA DE VIDA LIVRE ACANTHAMOEBA POLYPHAGA ATCC 30461

Angélica Cristina de Souza (UNIFAL-MG); Rodrigo T. Cartaxo (UNIFAL-MG); Masaharu Ikegaki (UNIFAL-MG)

Resumo

Dentre os produtos naturais, os apícolas têm encontrado grande aceitação, devido a suas propriedades terapêuticas e, a própolis, principalmente, está se destacando, ganhando a atenção dos pesquisadores pela versatilidade e excelência de suas propriedades biológicas como, antibacteriana, antifúngica, antiprotozoária, antioxidante, antiviral, antiinflamatória, cicatrizante, anestésica, anticariogênica, antitumorais, e citotóxicas. As Amebas de Vida Livre (AVL) constituem um grupo de ampla dispersão ambiental, sendo encontradas em, praticamente, todos os ambientes e sabe-se que algumas espécies podem comportar-se como parasitas facultativos de seres humanos e de animais domésticos. As AVLs do gênero Acanthamoeba podem ser responsabilizados por 2 tipos de patogenias: Ceratite - lesões crônicas do olho e da córnea e Encefalite Amebiana Granulomatosa - infecção crônica do sistema nervoso central. Este trabalho teve como objetivo analisar a atividade amebicida de diferentes tipos de própolis brasileiras contra ameba de vida livre, potencialmente patogênica, Acanthamoeba polyphaga (ATCC 30461). As amostras de própolis utilizadas neste trabalho foram classificadas como sendo dos grupos 3, 6, 12 e 13. Os extratos etanólicos da própolis foram obtidos a quente e concentrados em evaporador rotativo. Os extratos concentrados das diferentes própolis foram posteriormente solubilizados em dimetilsulfóxido (DMSO). Para a realização da atividade amebicida das própolis, utilizou-se um controle (somente o protozoário), tratamentos contendo DMSO como controle negativo, além das diferentes soluções dos extratos etanólicos das própolis dos grupos 3, 6, 12 e 13, solubilizados em DMSO, nas concentrações finais de 0,5 e 1 mg/mL. Os tratamentos foram comparados utilizando o teste Scott-Knott, para a determinação da análise (p < 0,05). Verificou-se que quando as amebas foram incubadas contendo os extratos das própolis, houve uma diminuição da viabilidade celular. Todos os extratos apresentaram atividade amebicida nas duas concentrações quando comparados ao controle, no entanto, os extratos das própolis dos grupos 3 e 13 mostraram maior diminuição da viabilidade celular dos trofozoítos na concentração de 1 mg/mL. O presente estudo demonstrou que as própolis brasileiras são produtos que podem ser promissoras no combate às infecções causadas por este protozoário.

Apoio financeiro: FAPEMIG, CNPq e CAPES.


Palavras-chave:  Acanthamoeba, Atividade amebicida, Própolis