FREQÜÊNCIA DE ISOLAMENTOS BACTERIANOS EM AMOSTRAS DE LEITE DE REBANHOS BOVINOS E DE TANQUES DE EXPANSÃO DE PROPRIEDADES DO INTERIOR OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

Marcella Zampoli Troncarelli (UNESP); Diego Borin Nóbrega (UNESP); Felipe de Freitas Guimarães (UNESP); Simone Baldini Lucheis (UNESP); Marcela de Pinho Manzi (UNESP); Benedito Donizete Menozzi (UNESP); Helio Langoni (UNESP)

A identificação dos principais agentes bacterianos causadores de mastites assim como a avaliação microbiológica do leite de tanque de expansão possibilitam evidenciar a cadeia epidemiológica de transmissão, orientando para melhorar o manejo, para redução das taxas de infecção, com conseqüente melhor qualidade do leite. Apresentam-se resultados parciais de pesquisa de doutorado, na qual um dos objetivos é avaliar a freqüência de isolamentos bacterianos em amostras de leite de rebanhos bovinos e de tanques de expansão, para verificar a correlação epidemiológica entre os resultados. Para tanto, foram avaliadas, até o momento, 589 vacas de oito rebanhos localizados no interior do estado de São Paulo, totalizando 2.302 amostras de leite obtidas de quartos mamários; além de oito amostras de leite dos respectivos tanques de expansão. Dos 480 microrganismos isolados dos rebanhos, 176 (36,6%) foram identificados como Corynebacterium spp.; 100 (20,8%) Streptococcus spp.; 99 (20,6%) Staphylococcus spp.; 66 (13,7%) estafilococos beta hemolíticos; 16 (3,3%) estreptococos beta hemolíticos; 9 (1,8%) Escherichia coli e 14 (2,8%) outros microrganismos. Com relação às amostras obtidas dos tanques de expansão, foram obtidos 21 isolados bacterianos, sendo 6 (28,5%) de Staphylococcus spp.; 3 (14,3%) de estafilococos beta hemolíticos; 3 (14,3%) de Streptococcus spp.; 2 (9,5%) de Escherichia coli; 1 de estreptococo beta hemolítico e 5 (23,8%) de outros microrganismos. Corynebacterium spp. não foi isolado nas oito amostras de leite de mistura avaliadas, apesar de ter sido o agente mais prevalente nos rebanhos, provavelmente pela menor eliminação do microrganismo pelo leite. Verificou-se que os estreptococos e estafilococos, microrganismos contagiosos de mastite, foram isolados com elevada freqüência a partir do leite dos quartos mamários. Staphylococcus spp. foi o patógeno mais prevalente nas amostras de leite de mistura. Ressalta-se ainda o isolamento de estafilococos beta hemolíticos, que comumente são produtores de toxinas; além de Escherichia coli, microrganismos extremamente importantes no contexto de saúde pública. Serão visitadas mais 12 propriedades, para possibilitar a correlação epidemiológica entre os resultados. Agradecimentos à FAPESP, pela concessão de bolsa de doutorado (Processo 2008/04125-4); auxílio à pesquisa (Processo 2008/11362-2).