MICOBIOTA ISOLADA DE APARELHOS CONDICIONADORES DE AR NO HOSPITAL DAS CLINÍCAS (HC-PE)

Shirlei Mestre Ferreira (UFPE); Aline de Paula Caetano Pereira (UFPE); Bárbara de Oliveira Silva (UFPE); Luciano Clemente da Silva (UFPE); Milena Santos Costa Neves (UFPE); Marilene da Silva Cavalcanti (UFPE)

Nos hospitais e clínicas há um grande contingente de microrganismos patológicos que podem causar sérias doenças principalmente em pacientes imunodeprimidos. A manutenção correta de equipamentos reduz bastante as infecções. Um dos principais sistemas a serem considerados é o de ar condicionado, que quando mal aplicados favorecem o crescimento, proliferação e transporte de microrganismos, principalmente bactérias, vírus e fungos. O objetivo deste estudo é o levantamento da micobiota isolada dos aparelhos condicionadores de ar em diversos setores do Hospital das Clínicas de Pernambuco - UFPE. As amostras foram coletadas no período chuvoso (Julho/ 2009), após as coletas foram levadas ao Laboratório de Fungos Aquáticos no Departamento de Micologia, CCB/UFPE para serem processadas, e em seguida, foram submetidas a diluições sucessivas até a obtenção de 1:5.000, posteriormente uma alíquota de 1 mL, foi semeada em placa de Petri, em triplicata, contendo  meio Batata-Dextrose-Ágar (BDA), acrescido de cloranfenicol (50mL^-1), e deixadas a temperatura ambiente (28 ± 2°C), durante 3 a 4 dias para o desenvolvimento das colônias. Após crescimento fúngico, as colônias foram transferidas para tubos de ensaios contendo o meio BDA, quando necessário, houve a transferência para meios específicos de acordo com a exigência nutricional de cada grupo. A identificação das espécies foi baseada nas características microestruturais e análise comparativa de parâmetros estabelecidos na taxonomia convencional, de acordo com literatura especializada. Foram isolados 87 táxons, sendo o gênero Aspergillus o mais frequente com (46%) seguido de Penicillium com (26%), Trichoderma (11%), Fusarium (9%) e Drechslera (8%). Em decorrência da falta de maiores estudos sobre a ocorrência de fungos oportunistas nestes aparelhos em ambientes hospitalares no Brasil, e principalmente em Pernambuco, o presente trabalho pode ser considerado de relevante importância para os profissionais de saúde, assim como para os pacientes que frequentam ou permanecem internados e pessoas que circulam nesses locais.