25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:601-2


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

INDICADORES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DOS PESQUE-PAGUE NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, SP

Sâmia Maria Tauk-tornisielo (UNESP); Alexandre Augusto Oliveira Santos (UNESP); Ítalo Macedo Silva (UNESP); Diogo Barcot Tintor (UNESP); Eduardo Beraldo de Morais (UNESP)

Resumo

Os pesque-pague são unidades compostas por viveiros, onde são criados peixes de espécies autóctones ou alóctones da bacia hidrográfica onde estão inseridos, usados na prática esportiva.  As unidades de pesque-pague foram localizadas por GPS e inicialmente foram identificadas 16 unidades, monitoradas bimestralmente, tendo sido o total de nove coletas. Nos pesque-pague localizados na bacia do rio Corumbataí, SP., além dos fatores abióticos e socioeconômicos, determinados simultaneamente, foram identificados e quantificados alguns fatores biológicos. Foram coletadas amostras das águas de abastecimento dos viveiros e de seus efluentes, sendo determinados os parâmetros: DBO, pigmentos totais, coliformes totais, E. coli, e testes de toxicidade. Os resultados foram comparados com os limites definidos pela lei nacional vigente para corpos de água de classe 2, de acordo com a Resolução CONAMA 357/2005. A maioria dos parâmetros esteve acima do limite estabelecido pela lei em vigor, significando poluição e conseqüentemente, deterioração da qualidade da água. Isso é preocupante, pois os efluentes dos pesque-pague são carreados para corpos hídricos e a carga poluidora, de forma direta ou indireta, contribuirá para a poluição dos mesmos.  Assim, os efluentes dos pesque-pague necessitam passar por tratamento prévio, antes de serem lançados nos córregos e rios adjacentes aos pesque-pague. O manejo usado nos viveiros pode deteriorar a qualidade da água com o enriquecimento de nutrientes, provenientes da ração, fertilização e das fezes dos peixes e animais do entorno. de serem descartados em corpos de água adjacentes. O tipo de manejo utilizado pode ser o principal responsável pela precária situação da qualidade da água dos viveiros dos pesque-pague estudados, entretanto, são necessários novos estudos para relacionar o manejo com a qualidade da água. Nenhum dos pesque-pague atualmente em atividade na bacia do rio Corumbataí trata seus efluentes, e contribuem possivelmente para o aumento da carga poluidora no referido corpo de água.


Palavras-chave:  fatores abióticos, fatores bióticos, pesque-pague, poluição, tratamento de efluentes