25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:595-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

INIBIÇÃO DA ADERÊNCIA CELULAR E EFEITO ANTIMICROBIANO DOS EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS DO SEMI-ÁRIDO DA BAHIA SOBRE OS ESTREPTOCOCOS DO GRUPO MUTANS.

Regiane Yatsuda (UFBA-IMS); Naiara Riquelme de Ataíde Silva (UFBA-IMS); Joseline Cezário Duarte (UFBA-IMS); Érika Pereira de Souza (UFBA-IMS); Rafael Santos Dantas Miranda Dorea (UFBA-IMS); Fabiely Gomes da Silva (UFBA-IMS); Pedro Luiz Rosalen (FOP-UNICAMP); Avaldo de Oliveira S. Filho (UESB); Lucas Miranda Marques (UFBA-IMS); Mariluze Peixoto Cruz (UFBA-IMS)

Resumo

Introdução: O objetivo deste estudo foi analisar in vitro as propriedades antimicrobianas dos extratos etanólicos de plantas da Floresta Nacional de Contendas do Sincorá (BA), sobre o crescimento bacteriano e a aderência celular de Streptococcus mutans UA159 e S. mutans Ingbritt 1600. Métodos: Extratos etanólicos (100% v/v) de pata de cabra folha (Leguminoseae cesalpinaceas), pau de colher casca (Celastraceae maytenus), escada de macaco folha (Bauhinia sp.), angico casca e folha (Anadenanthera macrocarpa), imburanhé casca (Peltogyne pauciflora), juá folha e casca (Zizyphus joazeiro), peroba casca (Aspidospherma australe), marinheiro casca (Trichilis hirta), bredo galho (Amarathus aff. Veridis L.), pau d’arco casca e folha (Tabebuia impetiginosa), pau pereira casca (Aspidosperma pyrifolium Mart.), mostarda casca (Brassica sp.) e canela de velho casca (Miconia albicans Stewd.) foram testados nas concentrações entre 1000 a 31,25 μg/mL. Realizaram-se os testes em microdiluição de concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM) e inibição da aderência celular (Adh). Foram feitas 3 triplicatas para cada experimento. As placas foram incubadas em 10% CO2, a 37°C, 24h, sendo realizada leitura do crescimento em leitor de Elisa. O controle negativo foi etanol 100% (v/v). Resultados: Os melhores resultados positivos obtidos para os testes antimicrobianos com S. mutans 1600 foram dos extratos canela de velho casca (CIM 62,50 μg/mL e CBM 125 μg/mL), pau d’arco casca (CIM 250 μg/mL e CBM 500 μg/mL), angico casca (CIM 125 μg/mL e CBM 250 μg/mL), escada de macaco folha (CIM 500 μg/mL e CBM 500 μg/mL). Para S. mutans UA159, canela de velho casca (CIM 125 μg/mL e CBM 250 μg/mL), pau d’arco casca (CIM 125 μg/mL e CBM 500 μg/mL), pau de colher casca (CIM 250 μg/mL e CBM 1000 μg/mL). Para o teste de ADH, o extrato de canela de velho casca (500 μg/mL) apresentou os melhores resultados, inibindo ambas as cepas de S. mutans. Discussão e Conclusão: Concluímos que os extratos etanólicos de canela de velho, pau d’arco, angico, escada de macaco, pau de colher e mostarda possuem atividade antimicrobiana, em baixa concentração, e apenas canela de velho inibiu a aderência celular de S. mutans, sendo essas plantas promissoras fontes de isolamento de compostos bioativos com atividade anti-placa. PIBIC/CNPQ, CNPQ Universal 14/2008, Projeto Permanecer UFBA.


Palavras-chave:  plantas medicinais, extratos etanólicos, antimicrobianos, aderência celular, estreptococcos