25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:579-2


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

BIOMASSA E ATIVIDADE MICROBIANA EM SOLO SOB CULTIVO DE OLERÍCOLAS EM DIFERENTES SISTEMAS DE USO

Leopoldo Sussumu Matsumoto (UENP/CLM); Gilberto Bueno Demétrio (UENP/CLM); Guilherme Napoleão Pertinhez (UENP/CLM); Sérgio Birello Sartori (USP/ESALQ); Hatiro Tashima (UENP/CLM)

Resumo

A qualidade do solo pode ser representada por uma série de propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, que permitem o crescimento das plantas e regulam o fluxo e o armazenamento de água no meio ambiente. Portanto, o entendimento do conceito de qualidade do solo compreende o equilíbrio entre os condicionantes geológicos, hidrológicos, químicos e biológicos do solo. Dentro deste contexto, os bioindicadores são organismos vivos utilizados como ferramentas para obter e transmitir sinteticamente um conjunto complexo de informações, processos, eventos ou tendências sobre uma dada realidade. Neste sentido os microrganismos se enquadram como sensíveis indicadores da qualidade do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar os atributos biológicos em solo sob cultivo de olerícolas em diferentes sistemas de uso (agroecológica e convencional). Amostras de solos foram coletadas na profundidade de 0-10 cm, em três sistemas diferentes de uso no cultivo de olerícolas: olericultura convencional (OLCV), olericultura orgânica (OLORG), olericultura orgânica com biofertilizante (OLORG+BF) e como testemunha amostra de mata nativa (MN). Foi avaliado o carbono da biomassa microbiana do solo (CBMS) pelo método da fumigação-extração. A atividade microbiana foi medida pela respiração do solo (RBS) e o quociente metabólico (qCO2), que representa a quantidade de CO2 liberado por unidade de biomassa microbiana, obtido pela relação de RBS e CBMS. Posteriormente aplicou-se aos resultados a comparação das médias pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância. O CBMS e RBS são consideradas indicadores sensíveis as mudanças nos ecossistemas. Neste sentido, a mata nativa consiste de um sistema estável quanto aos atributos biológicos, apresentando alta biomassa com baixa taxa de respiração basal, resultando em baixo qCO2, que indica a eficiência da biomassa microbiana em utilizar o carbono disponível para biossintese. No presente trabalho observou-se que o sistema de OLORG+BF assemelha-se significativamente à mata nativa, diferindo dos demais sistemas. Estatisticamente os sistemas de olericultura orgânicos com e sem biofertilizante não apresentaram diferença, porém podemos ressaltar o maior qCO2 no sistema sem o uso de biofertilizante. Conclui-se que o manejo do sistema orgânico com biofertilizante o solo se encontra próximo ao equilíbrio observado na mata nativa.


Palavras-chave:  Carbono da biomassa microbiana, Respiração basal, Olericultura