25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:554-1


Área: Micobacteriologa ( Divisão C )

ESTUDO COMPARATIVO DE ESFREGAÇO DE BACILOSCOPIA DA TUBERCULOSE PULMONAR SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) E MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS).

Heloisa da Silveira Paro Pedro (IAL-S.J.Rio Preto); Andréa Gobetti Vieira Coelho (IAL - Santos); Maria Izabel Pereira Ferreira (IAL-S.J.Rio Preto); Maria do Rosário Assad Goloni (IAL-S.J.Rio Preto); Ana Carolina Chiou Nascimento (IAL - Santos); Ivy Alves (IAL - Santos); Dalva Cristina Girello Aily (IAL - Rio Claro); Leonilda Chiare Galle (IAL - Pres. Prudente); Regina Ruivo Ferro E Silva (IAL - St. André); Susilene Maria Tonelli Nardi (IAL-S.J.Rio Preto); Suely Y. M. Ueki Y. M. Ueki (IAL - Central); Maria de Lourdes M. Shikama (IAL - Sorocaba)

Resumo

O diagnóstico laboratorial da tuberculose pulmonar pela baciloscopia direta do escarro é o método preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por tratar-se de um exame direto, não-invasivo, rápido e econômico. Segundo a OMS, o esfregaço de escarro deve ser feito em uma área de aproximadamente 2x1 cm, em forma elíptica e pelas normas brasileiras do Ministério da Saúde (MS) deve ser estendido em 2/3 da lâmina, sendo 1/3 para a identificação da amostra.  A técnica de coloração de Ziehl-Neelsen e a leitura da lâmina são as mesmas recomendadas pela OMS e MS. O objetivo desta pesquisa é comparar a praticidade e o tempo gasto para a confecção e leitura da lâmina, a positividade com leitura semi-quantitativa nos dois tipos de esfregaços (OMS e MS) além da questão de biossegurança. Participam deste estudo, profissionais de 07 laboratórios regionais do Instituto Adolfo Lutz/SP, que são altamente experientes na confecção e leitura das lâminas. Foram analisadas até o momento 219 lâminas, sendo que para cada amostra de escarro, foram confeccionadas duas lâminas, uma segundo normas da OMS e a outra segundo o MS. A leitura foi realizada pela contagem semi-quantitativa em cruzes, conforme o índice baciloscópico recomendado pelo MS/OMS em ambos os esfregaços. Os resultados obtidos foram analisados no EPI INFO 2002. A média do tempo gasto em minutos para a confecção do esfregaço pelos critérios da OMS foi de 1,21 (dp 0,9) e MS 1,43 (dp 1,2). A média da diferença na confecção OMS/MS foi de 0,22 (dp 0,7) em favor da técnica OMS. Já a média na leitura OMS/MS foi de 5,39 (dp 3,35) e 5,52 (dp 2,67) minutos respectivamente, sendo a média da diferença 0,13 (dp 2,13) em favor da técnica OMS. Houve discordância em cruzes na leitura das baciloscopias positivas em 8,9% (124/11) e em resultados falso negativos em 1,4% (219/3) das lâminas (3 lâminas negativas com a técnica da OMS, foram positivas com raros BAAR para o MS). Com relação à biossegurança, o esfregaço segundo a OMS mostrou-se mais apropriado, pois a amostra de escarro não atinge as bordas laterais da lâmina, evitando contaminar o suporte onde as mesmas são colocadas. Os resultados apresentados até o momento sugerem a necessidade de ampliarmos a amostragem para uma discussão mais aprofundada com vista à padronização com os demais países que realizam a baciloscopia segundo as normas da OMS.


Palavras-chave:  Diagnóstico, Baciloscopia de escarro, Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde, Esfregaço