ISOLAMENTO DE CLOSTRIDIOS E CASOS DE CLOSTRIDIOSES NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA DA FCAV/UNESP

Silvina Berchielli (FCAV/UNESP); Ruben Pablo Schocken-iturrino (FCAV/UNESP); Mariana Beraldo Massoli (FCAV/UNESP); Antonio Paulillo (FCAV/UNESP)

Bactérias do gênero Clostridium, consideradas infecções e intoxicações freqüentemente fatais são chamadas clostridioses. Essas causam grandes perdas econômicas aos pecuaristas. O gênero Clostridium é encontrado normalmente no solo e no tubo digestivo dos animais. Produzem toxinas responsáveis por mortalidades em animais. O objetivo foi levantar os casos de clostridioses no laboratório de microbiologia das amostras de origem animal e vegetal no período de 1999 a 2008. As amostras foram cultivadas em meio seletivo, submetidas a choque-térmico para purificação e incubadas a 37 graus por 24 a 48 horas; Após crescimento em placas de Reinforced Clostridial Agar (RCA) e incubação em jarras de anaerobiose com Gás Pack, as amostras foram submetidas a testes bioquímicos utilizando o kit da BioMérieux. Foram analisadas 509 amostras para clostridios sendo 84,28% amostras de São Paulo, 8,84% de Minas Gerais, 2,55% do Mato grosso,1,57% de Goiás, 1,37% da Paraíba, 0,6% de Sergipe, 0,2% de Goiânia, 0,2% do Espírito Santo, 0,2% do Maranhão e 0,2% do Rio Grande do Sul. Dentre as amostras, 55% foram de bovinos, 8,2%de cães, 6,47% de aves domésticas e silvestres, 5,3% de cama de frango, 3,9% de mel, 3,5% de ração, 2,94% de requeijão, 2,94% de farinha de carne, osso e pena, 2,7% de silagem de milho e de capim, 1,37% de ovinos, 0,98% de sal mineral e proteinado, 0,9% de milho, 0,8% de água, 0,4% de eqüinos, cevada, vacinas e farelo de milho e soja, 0,2% de búfalos, macaco, esterco e caroço de algodão. Verificou-se que de todas as amostras analisadas, 44 % foram positivas para clostridioses, dessas, 28% foram positivas para C. botulinum, 8,8% para C. perfringens, 3,4% para Clostridium sp, 1,2% para C. novyi, 0,8% para C. septicum, 0,6% para C. haemolyticum, 0,4% para C. chauvoei, 0,2% para C. histolyticum e 0,2% para C. tetani. Conclui-se que o controle destas doenças através de vacinações preventivas além de medidas de higiene são as melhores alternativas viáveis para o rebanho.