25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:520-2


Área: Microbiologia Geral ( Divisão H )

PRODUÇÃO E LIBERAÇÃO DE BOVICINA HC5 EM MEIO BASAL COM E SEM CONTROLE DE PH.

Anna Gabriella Guimarães Oliveira (UFV); Aline Dias Paiva (UFV); Fernanda Godoy Santos (UFV); Hilário Cuquetto Mantovani (UFV)

Resumo

A produção de bacteriocinas pode ser influenciada por diversos fatores, tais como: constituição do meio de cultura, pH, temperatura e tempo de cultivo. Os bioensaios são comumente utilizados para detecção e quantificação da atividade antimicrobiana de bacteriocinas, mas estudos revelam que ensaios imunoenzimáticos podem prover métodos alternativos sensíveis e específicos para detecção de bacteriocinas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção e liberação de bovicina HC5 em diferentes condições de cultivo pela detecção da bacteriocina por bioensaio e ensaio imunoenzimático. A produção e liberação de bovicina HC5 durante o crescimento de Streptococcus bovis HC5 foi realizada em meio basal com o pH da cultura mantido a 5,5 e sem controle de pH. A detecção de bovicina HC5 foi realizada pela técnica de ELISA indireta, com anticorpos policlonais anti-bovicina HC5 e pelo teste de difusão em meio sólido utilizando Alyciclobacillus acidoterrestris como microrganismo indicador. Foram coletadas amostras da cultura em intervalos de 30 ou 60 minutos, e o crescimento microbiano foi monitorado através de leitura de densidade óptica (600 nm). As amostras foram centrifugadas, sendo o sobrenadante e o pellet separados, e o último ressuspendido em solução fosfato de sódio , pH 2,0) para determinação da presença da bacteriocina no sobrenadante e na célula produtora. O bioensaio detectou no tratamento com controle de pH atividade de bovicina HC5 a partir de 4 horas de cultivo, enquanto que no tratamento sem controle de pH foi detecta somente 6,5 horas de incubação. A ELISA indireta detectou a presença de bovicina HC5 no tempo de 4 e 2 horas de incubação nas condições de pH não controlado e pH controlado respectivamente. O bioensaio e a ELISA indireta detectaram atividade máxima de bovicina HC5 aderida à célula produtora, durante fase log e no sobrenadante na fase estacionária em ambos os tratamentos. A produção de bovicina HC5 foi maior na condição de pH 5,5 controlado. A partir dos resultados obtidos conclui-se que provavelmente a bovicina HC5 permanece aderida a superfície da célula produtora, sendo liberada em condições de pH ácido. E a técnica de ELISA indireta apresentou maior sensibilidade em relação ao método de difusão em ágar, por ter detectado a presença de bovicina HC5 em tempo anterior de incubação (CNPQ).


Palavras-chave:  BOVICINA HC5, PRODUÇÃO, LIBERAÇÃO, pH