Área: Microbiologia Geral ( Divisão H ) PRODUÇÃO E LIBERAÇÃO DE BOVICINA HC5 EM MEIO
BASAL COM E SEM CONTROLE DE PH.
Anna Gabriella Guimarães Oliveira (UFV); Aline Dias Paiva (UFV); Fernanda Godoy Santos (UFV); Hilário Cuquetto Mantovani (UFV)
ResumoA produção de
bacteriocinas pode ser influenciada por diversos fatores, tais como:
constituição do meio de cultura, pH, temperatura e tempo de cultivo. Os
bioensaios são comumente utilizados para detecção e quantificação da atividade
antimicrobiana de bacteriocinas, mas estudos revelam que ensaios
imunoenzimáticos podem prover métodos
alternativos sensíveis e específicos para detecção de bacteriocinas. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a produção e liberação de bovicina HC5 em
diferentes condições de cultivo pela detecção da bacteriocina por bioensaio e
ensaio imunoenzimático. A produção e liberação de bovicina HC5 durante o
crescimento de Streptococcus bovis HC5 foi realizada em meio basal com o pH da
cultura mantido a 5,5 e sem controle de pH. A detecção de bovicina HC5 foi realizada pela técnica de ELISA indireta,
com anticorpos policlonais anti-bovicina HC5 e pelo teste de difusão em meio
sólido utilizando Alyciclobacillus
acidoterrestris como microrganismo indicador. Foram coletadas amostras
da cultura em intervalos de 30 ou 60 minutos, e o crescimento microbiano foi
monitorado através de leitura de densidade óptica (600 nm). As amostras foram
centrifugadas, sendo o sobrenadante e o pellet separados, e o último
ressuspendido em solução fosfato de sódio , pH 2,0) para determinação da presença da
bacteriocina no sobrenadante e na célula produtora. O bioensaio detectou no
tratamento com controle de pH atividade de bovicina HC5 a partir de 4 horas de
cultivo, enquanto que no tratamento sem controle de pH foi detecta somente 6,5
horas de incubação. A ELISA indireta detectou a presença de bovicina HC5 no
tempo de 4 e 2 horas de incubação nas condições de pH não controlado e pH
controlado respectivamente. O bioensaio e a ELISA indireta detectaram atividade
máxima de bovicina HC5 aderida à célula produtora, durante fase log e no
sobrenadante na fase estacionária em ambos os tratamentos. A produção de
bovicina HC5 foi maior na condição de pH 5,5 controlado. A partir dos
resultados obtidos conclui-se que provavelmente a bovicina HC5 permanece
aderida a superfície da célula produtora, sendo liberada em condições de pH
ácido. E a técnica de ELISA indireta apresentou maior sensibilidade em relação
ao método de difusão em ágar, por ter detectado a presença de bovicina HC5 em
tempo anterior de incubação (CNPQ).
Palavras-chave: BOVICINA HC5, PRODUÇÃO, LIBERAÇÃO, pH |