25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:512-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PERFIL DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DAS CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DE PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL GERAL UNIVERSITÁRIO (HGU)-CUIABÁ MT.

Evelin Rodrigues Martins Martins (UNIC); Janaina Vasconcelos Ribeiro Souza Amadio Amadio (UFMT); Ana Caroline Akeme Yamamoto Yamamoto (UFMT); Diniz Pereira Leite Junior Leite Junior (UFMT); Sara Almeida Simões Simões (HGU / UNIC); Rosane Christine Hahn Hahn (UFMT)

Resumo

Introdução: Mesmo sendo o Staphylococcus aureus encontrado usualmente como comensal das fossas nasais, pele e intestino de indivíduos sadios, as infecções causadas por este patógeno em hospitais apresentam alta morbidade e mortalidade devida sua patogenicidade e freqüente isolamento em amostras biológicas. A facilidade que essa espécie possui de desenvolver resistência bacteriana representa um grave problema à terapêutica bem como a disseminação em ambiente intra-hospitalar. Objetivo: Determinar a freqüência e o perfil de resistência in vitro aos antimicrobianos das cepas de Staphylococcus aureus isolados de pacientes internados no HGU. Metodologia: Trata-se de um estudo compreendendo 61 isolados clínicos de Staphylococcus aureus, obtidas entre janeiro de 2008 a janeiro de 2009. A caracterização da espécie seguiu os métodos convencionais de isolamento e identificação (observação macroscópica de colônia bacteriana e tipo hemólise em meio de cultura ágar sangue, coloração de Gram, provas da catalase, coagulase e DNAse). Utilizou-se o método Kirby-Bauer, de disco difusão para avaliar in vitro da susceptibilidade antimicrobiana. Resultados e Discussão: Dos 61 isolados analisados, 37,7% foram provenientes das Unidades de Terapia Intensiva (adulto e neonatal) e 62,3% dos demais serviços (pediatria, clínicas médica e cirúrgica). Destes, 100% exibiram resistência in vitro a penicilina G, 50% a amicacina, 48,3% a ciprofloxacina, 51,2% a clindamicina, 48,3% a sulfametoxazol+trimetropim, 43,3% a cloranfenicol e 40% a imipenem. A freqüência de Staphylococcus aureus resistente a oxacilina (ORSA) foi de 55%. Destas cepas, 36,1% foram oriundos de sangue, 26,2% de cateter, 21,3%, de secreções diversas, 13,1% de líquidos biológicos e 3,3% de outros materiais (fragmento ósseo e prótese vascular). Conclusões: Estes achados são essenciais para o conhecimento do microrganismo em questão, contribuindo para adoção de medidas de controle e prevenção de sua transmissão em ambiente hospitalar.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, antimicrobianos, perfil resistência, ORSA