25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:494-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

DIVERSIDADE GÊNICA E PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS DE AMOSTRAS DE S. PYOGENES ISOLADAS DE CRIANÇAS NO HOSPITAL DE PUERICULTURA E PEDIATRIA MARTAGÃO GESTEIRA / UFRJ

Adriana Victoriano da Silva (UFRJ); Deborah Marins Nascimento (UFRJ); Ivi Cristina Menezes de Oliveira (UFRJ); Antonio José Ledo Alves da Cunha (UFRJ); Agnes Marie Sá Figueiredo (UFRJ); Bernadete Teixeira Ferreira Carvalho (UFRJ)

Resumo

Os Streptococcus pyogenes (SGA) são considerados um dos mais importantes patógenos humanos e causam desde simples faringites a quadros invasivos graves e letais, além de sequelas não supurativas. Todos são sensíveis à penicilina, sendo esta a droga de escolha para tratamento, porém falhas terapêuticas tem sido relatadas.  A eficácia de outras drogas no tratamento das infecções por S. pyogenes tem sido avaliada. Porém, poucos estudos epidemiológicos-moleculares têm sido realizados no Brasil, no intuito de se conhecer melhor nossa realidade no que tange a susceptibilidade aos antimicrobianos, e a diversidade clonal das cepas de SGA.  O objetivo deste trabalho foi identificar amostras de Streptococcus, isoladas no Hospital de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira/UFRJ de diversos quadros clínicos, testar a susceptibilidade dos SGA aos antimicrobianos comumente utilizados na clínica médica e verificar a diversidade clonal dessas amostras. Para tal foram realizados testes de coloração de Gram, catalase e sorogrupagem, após observação da morfologia colonial e hemólise em placa de agar sangue. Das 51 amostras analisadas, 37 foram classificadas como SGA, 3 como do sorogrupo B (S. agalactiae), 8 como do sorogrupo G e 3 não foram classificadas pela técnica utilizada. O antibiograma das amostras de SGA foi realizado frente e penicilina, eritromicina, cloranfenicol, clindamicina, claritromicina e tetraciclina. As 37 amostras testadas foram sensíveis a penicilina, cloranfenicol e cefalotina. Quinze (40%) foram resistentes a tetraciclina, 2 (5,4%) a eritromicina e a claritromicina e 1 (2,7%) a clindamicina. O gene ermA foi detectado nas amostras resistentes a eritromicina por PCR. O estudo de diversidade gênica pela técnica de PFGE, após restrição com a enzima SmaI, demonstrou grande diversidade clonal entre os SGA, apesar de alguns clones serem encontrados em mais de um paciente. A literatura mostra que infecções por S. pyogenes são mais comuns na faixa etária abaixo de 18 anos e podem ser muito graves ou até mesmo letais. Utilizando amostras de S. pyogenes isoladas de pacientes nesta faixa etária concluímos que estas se mostraram sensíveis a maioria dos antimicrobianos utilizados, com exceção da tetraciclina, e exprimem enorme diversidade clonal, o que está de acordo com os dados encontrados na literatura. Órgãos financiadores: CNPq, FAPERJ, PRONEX.


Palavras-chave:  antimicrobianos, susceptibilidade, diversidade gênica, crianças, S. pyogenes