ASPECTOS EPIDEMIOLOGICOS DAS DERMATOMICOSES OCUPACIONAIS E SEUS AGENTES ETIOLÓGICOS EM PROFISSIONAIS DE ÁREAS MILITARES DA CIDADE DE CUIABÁ/MT

Diniz Pereira Leite Júnior Leite Jr. (UFMT/FCM); Ana Caroline Akeme Yamamoto Yamamoto (UFMT/FCM); Janaina Vasconcellos Ribeiro Amadio Amadio (UFMT/FCM); Evelin Rodrigues Martins Martins (HGU); Sara Almeida Simões Simões (HGU); Doracilde Terumi Takahara Takahara (UFMT/FCM); Sebastião Martins Araújo Araújo (UFMT/FCM); Rosane Christine Hahn Hahn (UFMT/FCM)

Introdução: Algumas ações podem auxiliar na implantação de medidas que contribuam com a saúde do trabalhador. Estas ações são importantes no sentido de diagnosticar infecções buscando correlação com aspectos ocupacionais aos quais indivíduos encontram-se expostos. A pele desempenha diversas funções; sendo que uma delas é proteger o corpo contra agressões externas. Entretanto, calor, baixa de imunidade ou uso de substâncias que alteram o equilíbrio da pele, são fatores que propiciam o aparecimento de infecções fúngicas. Objetivo: Avaliar a incidência de dermatomicoses nos profissionais militares da cidade de Cuiabá/MT. Metodologia: Amostra foi constituída de profissionais do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Exército, os quais apresentavam lesões compatíveis com infecções fúngicas. Os métodos utilizados para isolamento e identificação foram: fita gomada, exame micológico direto, isolamento em meios de cultura Sabouraud dextrose ágar e Micobiotic ágar (Difco). A identificação dos gêneros e espécies foi realizada através do estudo macro e micromorfológico dos microrganismos fúngicos e provas bioquímicas. Resultados e discussão: Os resultados preliminares mostram a ocorrência de dermatófitos observados em 70 militares, 98 amostras e 115 espécimens clínicos isolados. Os materiais clínicos examinados foram: pele (73) 74,49 %, pêlos (13) 13,27 %, unhas (7) 7,14 % e mucosa (5) 5,10%. Os gêneros isolados correspoderam à: Trichophyton spp. (24) 20,87 %, Microsporum spp. (9) 7,82 %, Epidermophyton floccosum (10) 8,7 %, Trichosporon spp. (9) 7,82 %, Candida spp. (40) 34,79 %, Malassezia spp. (23) 20%. Conclusão: A coexistência de infecção ungueal e cutânea, encontrada nos profissionais estudados, foi potencializada por componentes de excursões externas de suas atividades, atribuídas a exigência de suas funções e posições ocupadas. A incidência de dermatomicoses foi influenciada pela existência de grandes contingentes humanos convivendo e compartilhando o mesmo local. Além disso, as atividades de treinamento em diversos ambientes aumentam a probabilidade de aquisição a infecções fúngicas pela ampla flora dermatofítica detectada nestes locais. Fatores como: sudorese elevada, stress, uso continuado de vestimentas e calçados específicos, higiene inadequada, aliados ao saneamento e instalações precárias colaboram muito ao aparecimento das dermatomicoses ocupacionais.