25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:465-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

ETIOLOGIA BACTERIANA E VIRAL DA DIARRÉIA AGUDA INFANTIL EM JUIZ DE FORA, MG

Maria Luzia Rosa E Silva (UFJF); Thiago César Nascimento (UFJF); Patrícia Guedes Garcia (UFJF); Vívian Honorato Barletta (UFJF); Rafaella Honorato Barletta (UFJF); Andrêssa Silvino Ferreira (UFJF); Alice Kapell Roque (UFJF); Iná Pires Carvalho (UFJF); Vânia Lúcia Silva (UFJF); Cláudio Galuppo Diniz (UFJF)

Resumo

Doenças do trato gastrintestinal têm distribuição global. Nos países em desenvolvimento estas figuram como uma das mais importantes causas de morbidade e mortalidade especialmente em crianças de pouca idade. Nossos objetivos foram gerar dados epidemiológicos sobre a e etiologia e identificar potenciais reservatórios no período 2007/2008. Foram analisadas fezes diarréicas em Juiz de Fora, MG, processadas para pesquisa de agentes virais (rotavírus, adenovírus, astrovírus e norovírus) e bacterianos (Escherichia coli e suas variantes enteropatogênicas, Salmonella sp., Shigella sp. e anaeróbicos), utilizando-se técnicas sorológicas, fisiológicas e moleculares. De 241 amostras fecais, 110 foram consideradas para bacteriologia, além de 65 controles. Em 58,3% das amostras foram detectadas espécies do grupo Bacteroides fragilis e das quais 4,6% enterotoxigênicas. Observou-se resistência a ampicilina, ampicilina/sulbactam piperacilina/tazobactam, meropenem, ceftriaxona, clindamicina e cloranfenicol. Ampicilina/sulbactam e piperacilina/tazobactam foram as drogas mais eficazes. E. coli patogênica foi detectada em 30,1% das amostras, sendo: enteroagregativa 17,2%, enteropatogênica 8,6%, enterohemorrágica 3,22% e enterotoxigênica 1,07%. Foi encontrada Salmonella em 3,2% dos espécimes avaliados. Os resultados reforçam a necessidade da vigilância sanitária como fiscalização e controle das diarréias bacterianas agudas e do uso racional de antibióticos. Para pesquisa em virologia, 338 amostras coletadas de janeiro/2005 a dezembro/2006 foram também incluídas. Em 2005, encontrou-se uma prevalência 17,14% de rotavírus, 4,76% de adenovírus, 7,14% de astrovírus e 31,25% de norovírus. Em 2006 a prevalência dos agentes virais foi: rotavírus, 18,02%, adenovirus, 9,85%, astrovírus 0,85% e norovírus 16,4%. Em 2007, a pesquisa mostrou diminuição marcante na prevalência de rotavírus (2,06%), enquanto a dos demais vírus foi: adenovírus 6,25%, astrovirus 2,06% e norovírus 14,4%. Em 2008, a prevalência de rotavírus foi de 4,16%, adenovirus, 2,25%, astrovírus 2,96% e norovírus 8,15%. Os dados sugerem a importância da vigilância epidemiológica e avaliação do impacto pós-vacina ROTARIX, além da necessidade da pesquisa de outros agentes virais que são responsáveis por inúmeros casos da doença que permanecem sem definição. Apoio: FAPEMIG, PROPG/UFJF. Palavras-chaves: Bactérias enteropatogênicas, Epidemiologia, Monitoramento de resistência, Viroses entéricas.


Palavras-chave:  Bactérias enteropatogênicas, Epidemiologia, Monitoramento de resistência, Viroses entéricas