25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:441-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PREVALÊNCIA DE RESISTÊNCIA À COLISTINA EM AMOSTRAS DE ACINETOBACTER SPP.DE QUADROS INFECCIOSOS DE PACIENTES INTERNADOS EM CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO

Valéria Brígido de Carvalho Girão (UFRJ); Natacha Martins (UFRJ); Juliana Arruda Matos (UFRJ); Ianick Martins (UFRJ); Simone Aranha Nouer (UFRJ); Beatriz Meurer Moreira (UFRJ)

Resumo

Infecções por amostras de Acinetobacter spp. resistentes a múltiplos antimicrobianos representam atualmente um desafio terapêutico. Com exceção da tigeciclina, um antimicrobiano recentemente aprovado para uso contra cepas de Acinetobacter baumanii multirresistentes, nenhum novo antibiótico encontra-se em fase de desenvolvimento para bactérias Gram negativas. Consequentemente, o interesse em drogas “antigas” como a colistina ressurgiu, como uma das únicas opções para o tratamento destas infecções. O presente estudo teve como objetivo determinar a susceptibilidade à colistina em amostras isoladas de infecção em pacientes admitidos em um centro de tratamento intensivo de um hospital universitário no Rio de Janeiro e investigar a associação de resistência com uso prévio deste antimicrobiano. Um total de 31 amostras isoladas de casos de infecção (apenas uma por paciente) obtidas no período de abril de 2007 a abril de 2008 foram estudadas. A identificação do gênero foi realizada por meio de testes bioquímicos e a susceptibilidade à colistina foi determinada pela concentração inibitória mínima (CIM) utilizando-se o método de microdiluição em caldo, em duplicata. O uso de colistina no tratamento dos pacientes foi pesquisado por meio de revisão dos prontuários médicos. A resistência à colistina foi observada em 5 (16%) das amostras, com CMI de 4µg/mL (3 amostras), 8µg/mL e 64µg/mL (1 amostra cada). Um total de 9 pacientes fizeram uso de colistina por período superior a 48 horas antes do isolamento de Acinetobacter. Amostras resistentes foram obtidas de 3 destes pacientes e de 2 pacientes que não utilizaram este medicamento (p=0,13). Observamos que a resistência à colistina é um fenômeno emergente. Na presente investigação, o uso prévio deste antimicrobiano não foi relacionado ao isolamento de amostras resistentes.


Palavras-chave:  Acinetobacter, susceptibilidade, colistina