Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A ) DETECÇÃO RÁPIDA DE AMOSTRAS NASAIS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS, S. EPIDERMIDIS E S.
HAEMOLYTICUS RESISTENTES À OXACILINA EM NEONATOS UTILIZANDO CALDO SELETIVO
E PCR-MULTIPLEX André Silva Brites (UFRJ); Carolina Oliveira da Silva (UFRJ); Denise Cotrim da Cunha (MLD); Ariane Guimarães Barcelos (UFRJ); Ricardo Pinto Schuenck (UFRJ); Eliezer Menezes Pereira (UFRJ); Kátia Regina Netto dos Santos (UFRJ)
ResumoInfecções hospitalares (IH) em neonatos
prematuros são responsáveis por taxas significativas de morbidade e mortalidade
em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs). Staphylococcus aureus e Staphylococcus
coagulase-negativos (SCN) são os patógenos Gram-positivos comumente associados
à bacteriemias nesses pacientes. Entre os SCN, as espécies S. epidermidis e S.
haemolyticus são as prevalentes. A narina anterior funciona como
reservatório primário de Staphylococcus em humanos. Amostras
resistentes a oxacilina tem sido isoladas, principalmente nas duas últimas
décadas. Este trabalho teve como objetivo padronizar uma metodologia de PCR
multiplex para identificação simultânea de S.
aureus, S. epidermidis e S. haemolyticus e do gene mecA, responsável pela resistência a
oxacilina, a partir de “swabs” de
colonização obtidos de neonatos. Esta reação de PCR foi também realizada para cada
uma das colônias, tanto do Agar Sangue (AS) quanto do Agar Manitol Salgado
(AMS). Um total de 60 “swabs” foi obtido de 60 neonatos internados na
UTI da Maternidade Leila Diniz, dos quais 40 apresentaram culturas positivas em
AMS, sendo 36 nasais e 4 periumbilicais. Desses, dez (25%) também apresentaram
crescimento em caldo
Muller-Hinton contendo 7% de NaCl e 2ug/ml de oxacilina e
foram semeados em Agar Sangue.
A PCR multiplex a partir do DNA extraído por lise térmica dos
caldos identificou sete pacientes com amostras ORSE (S. epidermidis resistente à oxacilina), dois com ORSH (S. haemolyticus resistente à oxacilina)
e um SCN resistente. Identificação convencional associada à PCR das colônias
detectou sete pacientes com amostras sensíveis de S. aureus (OSSA), tendo um deles também apresentado S. haemolyticus e outro S. epidermidis, ambos resistentes. A PCR das colônias
crescidas em AMS detectou 35 amostras resistentes, oriundas de 29 pacientes, das
quais dez foram também detectadas pelo caldo. Duas amostras de SCN resistentes foram
detectadas no caldo inicial, mas não no AMS. Contudo, três pacientes
apresentaram amostras de ORSA que não foram detectadas pelo caldo inicial. Concluímos
que o uso de uma técnica molecular acurada, como a PCR, para a detecção de Staphylococcus resistentes a oxacilina
poderia auxiliar no controle de infecções. Entretanto, amostras de colonização
podem não estar expressando resistência antimicrobiana e se apresentar em
número reduzido na microbiota dos neonatos, dificultando a detecção
Palavras-chave: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus haemolitycus, PCR multiplex |