25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:400-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

DETECÇÃO RÁPIDA DE AMOSTRAS NASAIS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS, S. EPIDERMIDIS E S. HAEMOLYTICUS RESISTENTES À OXACILINA EM NEONATOS UTILIZANDO CALDO SELETIVO E PCR-MULTIPLEX

André Silva Brites (UFRJ); Carolina Oliveira da Silva (UFRJ); Denise Cotrim da Cunha (MLD); Ariane Guimarães Barcelos (UFRJ); Ricardo Pinto Schuenck (UFRJ); Eliezer Menezes Pereira (UFRJ); Kátia Regina Netto dos Santos (UFRJ)

Resumo

Infecções hospitalares (IH) em neonatos prematuros são responsáveis por taxas significativas de morbidade e mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs). Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase-negativos (SCN) são os patógenos Gram-positivos comumente associados à bacteriemias nesses pacientes. Entre os SCN, as espécies S. epidermidis e S. haemolyticus são as prevalentes. A narina anterior funciona como reservatório primário de Staphylococcus em humanos. Amostras resistentes a oxacilina tem sido isoladas, principalmente nas duas últimas décadas. Este trabalho teve como objetivo padronizar uma metodologia de PCR multiplex para identificação simultânea de S. aureus, S. epidermidis e S. haemolyticus e do gene mecA, responsável pela resistência a oxacilina, a partir de “swabs” de colonização obtidos de neonatos. Esta reação de PCR foi também realizada para cada uma das colônias, tanto do Agar Sangue (AS) quanto do Agar Manitol Salgado (AMS). Um total de 60 “swabs” foi obtido de 60 neonatos internados na UTI da Maternidade Leila Diniz, dos quais 40 apresentaram culturas positivas em AMS, sendo 36 nasais e 4 periumbilicais. Desses, dez (25%) também apresentaram crescimento em caldo Muller-Hinton contendo 7% de NaCl e 2ug/ml de oxacilina e foram semeados em Agar Sangue. A PCR multiplex a partir do DNA extraído por lise térmica dos caldos identificou sete pacientes com amostras ORSE (S. epidermidis resistente à oxacilina), dois com ORSH (S. haemolyticus resistente à oxacilina) e um SCN resistente. Identificação convencional associada à PCR das colônias detectou sete pacientes com amostras sensíveis de S. aureus (OSSA), tendo um deles também apresentado S. haemolyticus e outro S. epidermidis, ambos resistentes. A PCR das colônias crescidas em AMS detectou 35 amostras resistentes, oriundas de 29 pacientes, das quais dez foram também detectadas pelo caldo. Duas amostras de SCN resistentes foram detectadas no caldo inicial, mas não no AMS. Contudo, três pacientes apresentaram amostras de ORSA que não foram detectadas pelo caldo inicial. Concluímos que o uso de uma técnica molecular acurada, como a PCR, para a detecção de Staphylococcus resistentes a oxacilina poderia auxiliar no controle de infecções. Entretanto, amostras de colonização podem não estar expressando resistência antimicrobiana e se apresentar em número reduzido na microbiota dos neonatos, dificultando a detecção


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus haemolitycus, PCR multiplex