CARACTERIZAÇÃO DE ASPARTIL PROTEASES E LIPÍDEOS EM VESÍCULAS EXTRACELULARES SECRETADAS POR CANDIDA ALBICANS.

Gabriele Vargas (IMPPG); André Luis Souza dos Santos (IMPPG); Márcio Lourenço Rodrigues (IMPPG); Leonardo Nimrichter (IMPPG)

O patógeno oportunista Candida albicans é considerado o principal agente causador de infecções fúngicas em humanos Este microrganismo apresenta as aspartil proteases (SAPs). Estas enzimas participam dos mecanismos de adesão e degradação de componentes da matriz extracelular , interferindo diretamente no processo inicial de colonização por C. albicans. Recentemente, nosso grupo demonstrou que o fungo oportunista Cryptococcus neoformans é capaz de secretar vesículas contendo fatores de virulência para o meio extracelular, um mecanismo de secreção compartilhado por outros gêneros fúngicos.  Com base nessas informações e em dados da literatura que demonstram uma redução na liberação de SAP por mutantes no transporte vesicular em C. albicans, temos como meta investigar a composição lipídica parcial e a presença de SAPs em vesículas secretadas por essa levedura. Após etapas de centrifugação e ultracentrifugação realizamos a caracterização parcial dos compostos lipídicos majoritários e a detecção das SAPs presentes nas vesículas secretadas. Os lipídeos foram extraídos com solventes orgânicos e, após partição, resolvidos por HPTLC. Embora não tenhamos obtido quantidades suficientes para determinação dos fosfolipídeos, observamos a presença do ergosterol, lanosterol e da glucosilceramida (GlcCer). A reatividade com anticorpos anti-SAP1-3 foi avaliada por técnicas de ELISA e Western blotting e os resultados revelaram a presença destas enzimas hidrolíticas. Experimentos complementares devem ser realizados para verificar se essas proteases se mantêm ativas após a secreção e o processo de purificação das vesículas. Além disso, pretendemos avaliar a importância das vesículas no processo infeccioso durante a interação com células epiteliais.