| Área: Fermentação e Biotecnologia ( Divisão J ) PESQUISA DO FENÓTIPO "KILLER" EM LINHAGENS DE SACCHAROMYCES CEREVISIAE, ISOLADAS DO PROCESSO FERMENTATIVO PARA A PRODUÇÃO DE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL Karollina Siqueira Moura (UFAL); Joicy Verçosa Marques da Silva (UFAL); Eric de Lima Silva Marques (UFAL); Otério Hoff (UFAL); Davi Antonio da Silva (USCL); Euripedes Alves da Silva Filho (UFAL)
ResumoA produção industrial de álcool combustível se baseia na fermentação dos açúcares a partir de caldo cru e/ou melaço, sem tratamento prévio, o que contribui para a proliferação de microrganismos contaminantes como bactérias e leveduras selvagens, competindo pelo mesmo substrato com linhagens de Saccharomyces cerevisiae selecionadas. Diante disso, o sistema “killer” representa uma ferramenta na discriminação de gêneros de leveduras através da produção de uma proteína de baixo peso molecular capaz de eliminar ou inibir cepas sensíveis da mesma espécie ou de espécies congêneres apresentando imunidade sobre as mesmas. O objetivo deste trabalho foi detectar e avaliar a presença de leveduras S. cerevisiae portadoras do fator “killer” para serem utilizadas como inóculos de partida na produção de álcool combustível. Noventa e cinco linhagens de S. cerevisiae isoladas da Usina Santa Clotilde S/A durante a safra 2006/2007 foram avaliadas a 25°C, 30°C e 35°C em meio agar YPD-azul de metileno pH 4,5 frente a linhagem sensível de S. cerevisiae (fermento Fleischmann) através dos testes célula x célula e célula x toxina quanto à presença do fenótipo “killer”. A atividade de toxinas “killer” foi analisada através do teste de reatividade cruzada. Das 95 linhagens testadas pelo método célula x célula 26,3% e 14,7% apresentaram-se positivas para o fenótipo a 25°C e 30°C respectivamente. Com relação ao sobrenadante observou-se atividade a 25°C e 30°C com percentuais de inibição de 26,3% e 21,1%, respectivamente frente a uma linhagem sensível. No entanto, a 35ºC não observou-se atividade “killer” para nenhum dos testes. Das 25 linhagens positivas, oito apresentaram dominância frente às outras linhagens também positivas indicando diferentes tipos de toxinas “killer”, sendo a toxina do isolado C5(3) a que apresentou maior atividade com inibição de sete isolados. A presença de atividade a 30ºC indica que proteínas “killer” podem ser produzidas no processo industrial de fermentação alcoólica constituindo um dos fatores que contribui para a dominância de linhagens que se estabelecem no processo. Portanto, a busca de linhagens que expresse o fator ‘killer” em condições fermentativas é de suma importância, visto que essas linhagens podem inibir leveduras indesejáveis potencializando a fermentação para a produção de álcool combustível.
Palavras-chave: álcool combustível, fermentação alcoólica, leveduras “killer”, Saccharomyces cerevisiae, (GTG)5 |