25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:387-1


Área: Micologia Médica ( Divisão B )

CANDIDÍASE VULVOVAGINAL POR CANDIDA ALBICANS: CORRELAÇÃO ENTRE ANÁLISE FENOTÍPICA E GENOTÍPICA

Keith Cássia da Cunha (FAMERP); Juliana Rodrigues Cintra (FAMERP); Natalia Seron Brizzotti (FAMERP); Mara Correa Lelles Nogueira (FAMERP); Luiz Carlos de Mattos (FAMERP); Lúcia Buchalla Bagarelli (FAMERP); Denise Cristina Mos Vaz (FAMERP); Margarete Teresa Gottardo de Almeida (FAMERP)

Resumo

Introdução - Candidíase vulvovaginal (CVV) é um processo infeccioso e/ou inflamatório do trato geniturinário inferior feminino, causado por Candida sp que colonizam ou infectam a mucosa vaginal. Existem propriedades ligadas às células de C. albicans, denominadas fatores de virulência, que lhes conferem a capacidade de produzir doença, tais como adesão a substratos inertes, formação de tubo germinativo, produção de enzimas extracelulares hidrolíticas e suscetibilidade antimicrobiana. Objetivos - Realizar a tipagem molecular de Candida albicans obtida de mucosa vaginal de mulheres adultas, correlacionar os perfis genéticos com o fenótipo quanto aos fatores de virulência e suscetibilidade antimicrobiana. Material e Métodos - Durante o período de agosto de 2006 a junho de 2009, noventa e quatro amostras de Candida albicans, obtidas de 304 mulheres adultas atendidas no Serviço de Ginecologia de um Hospital Universitário de São José do Rio Preto foram submetidas à amplificação randômica do DNA polimórfico (RAPD). O fenótipo de suscetibilidade antimicrobiana frente aos derivados azólicos e anfotericina B foi investigado por micro diluição (M27A2), e a análise da produção de proteinase, fosfolipase e aderência em superfície inerte como padrões de virulência. Resultados - Os ensaios de RAPD mostraram-se de grande utilidade como instrumento de tipagem molecular, permitindo, para alguns isolados, reconhecer padrões de identidade genotípica, associados às variáveis estudadas, de virulência e suscetibilidade antimicrobiana e para outros, inexistência de correlação genética. O peso molecular das bandas variou de 300 a 1600 pb, com no mínimo de 4 bandas e máximo de 12. Frente a anfotericina B, 100% dos isolados foram sensíveis com CIM ≤0,25 µg/ml; ao fluconazol 92,5% sensíveis com CIM < 8µg/ml; ao itraconazol 66% sensíveis com CIM ≤ 0,06 µg/ml; ao cetoconazol, 84 % dos isolados apresentaram CIM ≤ 0,06 µg/ml. Conclusão: O RAPD permite diferenciar isolados de Candida albicans e discriminar clusters e checar a capacidade de isolados gerar variantes com diferente perfil de suscetibilidade antifúngica ou virulência. A observação desta diversidade identificada pode retratar infecção com cepas diferentes, a coinfecção com cepas múltiplas de Candida albicans.


Palavras-chave:  Candidíase Vulvovaginal, Candida albicans, RAPD, Resistência a antifúngicos, Virulência