25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:368-2


Área: Imunologia Clínica e Diagnóstico ( Divisão F )

DETECÇÃO DE NOVOS ANTÍGENOS FLAGELARES DE ESCHERICHIA COLI DE ORIGEM HUMANA

Monique Ribeiro Tiba (UNICAMP); Daniela Ferreira Domingos (UNICAMP); Claudia de Moura (UNICAMP); Domingos da Silva Leite (UNICAMP)

Resumo

Atualmente são reconhecidos em Escherichia coli 53 antígenos flagelares “H”, e nos últimos 29 anos, nenhuma modificação ocorreu nesta lista de antígenos. Tem sido isolada com certa freqüência amostras de Escherichia coli que apresentam antígenos H que não são reconhecidos pelos anti-soros padrões disponibilizado pelo centro de referência de E. coli, The International Escherichia and Klebsiella Centre (WHO) do Statens Serum Institut, Copenhague, Dinamarca. Isto posto, o objetivo deste trabalho foi caracterizar os antígenos flagelares de E. coli que expressam H não tipável (HNT) e que apresentam fatores de virulência associados à diferentes enteropatias. Esta caracterização foi realizada pelo estudo comparativo do gene fliC, responsável pela proteína flagelina, das 53 amostras padrões para os antígenos H e de 20 amostras HNT pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Os amplicons foram digeridos por enzimas de restrição (RFLP) e daquelas amostras HNT que apresentaram perfis de restrição distintos dos observados nas amostras H padrões, foram produzidos soros em coelhos. Posteriormente, foram realizados ensaios de titulação com os 53 antígenos padrões, antígeno homólogo e antígenos das amostras HNT. Os produtos da amplificação do gene fliC de 5 amostras HNT foram sequenciados. As seqüências gênicas obtidas foram comparadas pelo sistema BLAST com os genes fliC depositados no GenBank do National Center for Biotecnology Information (NCBI). O programa ClustalW do European Bioinformatics Intitute (EMBL-EBI) foi utilizado para alinhamento das seqüências. Os resultados demonstraram que treze amostras foram caracterizadas como sendo portadoras de prováveis novos antígenos H, sendo que oito foram caracterizadas  utilizando as técnicas de PCR/RFLP e sorologia. O gene fliC das 5 amostras HNT apresentaram similaridade com fliC de antígenos padrões, entretanto, não possuem a mesma seqüência nucleotídica e não reagiram com os anti-soros de tais antígenos. Permitindo concluir que estas amostras apresentaram através da técnica de sequenciamento, antígenos flagelares diferentes daqueles já descritos na literatura.


Palavras-chave:  antígeno H, Escherichia coli, flagelo, flagelina, fliC