CARACTERIZAÇÃO CITOLÓGICA E MORFOLÓGICA DE COGUMELOS DA AMAZÔNIA

Hugo Willian Oliveira de Sá (UFAM); Francisco Luiz da Silva-neto (UFAM); Roberta Cunha Oliveira (UFAM); Jéssica Souto Fernandes (UFAM); Rozana de Medeiros Souza-galvão (UFAM); Cristina Sayuri Maki (UFAM)

Desde a antiguidade, cogumelos constituem organismos que despertam, no mínimo, curiosidade, uma vez que apresentam uma morfologia típica, muito bem representada pelos champignons, orelhas de pau, e tantas outras formas morfológicas características. Atualmente, sabe-se que algumas espécies de cogumelos são comestíveis e representam uma fonte rica de componentes nutracêuticos. Outros, no entanto, são extremamente tóxicos. Porém, de uma forma geral, são cada vez mais evidentes as descobertas acerca das qualidades dos cogumelos, aplicáveis em várias áreas de interesse humano, o que torna de fundamental importância a caracterização das diferentes espécies, muitas delas ainda desconhecidas. Tendo em vista o exposto, foi atribuído a esse trabalho, o objetivo de caracterizar citológica e morfologicamente, os cogumelos coletados em trilhas nas matas do campus e da Fazenda Experimental da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Manaus-AM. Após a coleta, procedeu-se à caracterização morfológica dos corpos de frutificação e ao isolamento e purificação do micélio dicariótico. Os corpos de frutificação foram caracterizados macro e microscopicamente. Foi realizada a descrição das características gerais dos basidiocarpos e digitalização de imagem. Após a caracterização morfológica, os cogumelos foram submetidos ao isolamento, purificação e caracterização citológica. Para este último procedimento, fragmentos de ágar contendo micélio foram depositados em placas de petri contendo ágar V-8 (10%), próximos a uma membrana de diálise (10x10mm), que, após o crescimento do fungo, foi submetida à análise por meio de microscopia óptica, utilizando lactofenol azul-algodão. Foram analisadas as presenças de conexões clamp, núcleos e septos, bem como a morfologia micelial.  A maior parte dos fungos coletados, isolados e purificados pertencem ao grupo dos basidiomicetos, que, após análise inicial de caracterização, serão testados como potenciais produtores de enzimas extracelulares.