25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:353-1


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

POTENCIAL ANTAGÔNICO DE LEVEDURA SOBRE FUNGOS PATOGÊNICOS

Maria Luiza Silva Fazio (UNESP); Tânia Maria Vinturim Gonçalves (UNESP); Fernando Leite Hoffmann (UNESP)

Resumo

As exportações brasileiras de frutas frescas têm sido pauta de destaque nas discussões de alternativas na geração de divisas para o país no comércio internacional.O Brasil em função de suas condições climáticas apresenta um enorme potencial para se tornar um dos maiores pólos produtivos de frutas frescas para o mercado mundial, aproveitando a onda naturalista que o mundo atravessa.O consumo de frutas no Brasil e no mundo tem crescido a taxas elevadas. O consumo per capita brasileiro de frutas, de 57 kg/pessoa/ano, equivale a um terço do consumo europeu e do norte americano (140 e 150 kg/pessoa/ano, respectivamente). Os gêneros Aspergillus, Penicillium, Fusarium e Alternaria são os principais representantes fúngicos responsáveis pela produção de micotoxinas numa ampla variedade de produtos agrícolas.A aplicação indiscriminada de fungicidas sintéticos vem sendo desencorajada por afetar a saúde humana e o ecossistema, aliada ao aumento da resistência antimicrobiana, com surgimento de cepas fúngicas resistentes. Em vista da situação, abre-se perspectiva para o biocontrole empregando leveduras, devido à baixa possibilidade micotoxigênica deste grupo elegido para os processos fermentativos, não tendo sido relatado casos de micotoxicose. De acordo com o exposto, este trabalho apresentou como objetivo verificar o potencial antagônico da levedura Dekkera bruxellensis sobre os fungos Aspergillus ochraceus e Penicillium expansum. Para constatação da atividade antifúngica "in vivo", maçãs da variedade Fuji foram submetidas aos tratamentos: células de leveduras (B), células de leveduras com fungicida em baixa dosagem (C), fungicida em baixa dosagem (D) e fungicida em dosagem completa (E); sendo incubadas a 21C por 21 dias. Depois de 14 dias de estocagem, as maçãs controle (A) e aquelas que receberam apenas a antagonista mostraram eficácia de controle nula com relação aos dois fungos filamentosos. Finalizados 21 dias de estocagem a melhor eficácia de controle foi evidenciada pelos tratamentos C e E para ambos, A. ochraceus e P.expansum. Os valores obtidos foram de. respectivamente, 100 e 100; 87,5 e 100.


Palavras-chave:  ANTAGONISMO, BIOCONTROLE, FUNGOS, LEVEDURAS