STAPHYLOCOCCUS COAGULASE-NEGATIVO RESISTENTES À METICILINA E PRODUTORES DE BIOFILME VEICULADOS POR FORMIGAS NO AMBIENTE HOSPITALAR, NO MUNICÍPIO DO NATAL-RN.

Eutália Elizabeth Novaes Ferreira da Silva (UFRN); Jannyce Guedes da Costa (UFRN); André Luiz Bezerra Falcão Freire (UFRN); Rodrigo Lira da Trindade (UFRN); Maria Celeste Nunes de Melo (UFRN); Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes (UFRN)

INTRODUÇÃO: Staphylococcus coagulase-negativo (CoNS) são a mais comum causa de infecções nosocomiais na corrente sanguínea em todo o mundo, 30-40% dos casos. No ambiente hospitalar, formigas podem atuar como disseminadores desses patógenos. MATERIAIS E MÉTODOS: As formigas foram coletadas durante um ano em cinco setores de um hospital. As formigas foram incubadas em caldo Tryptic Soy Broth por 24h,35ºC e posteriormente o caldo foi semeado em Agar Manitol Salgado. As colônias características de estafilococos incubadas por 24h a 35ºC, em Tryptic Soy Agar, para testes de caracterização do gênero (coloração de Gram, catalase, susceptibilidade à bacitracina e coagulase livre). A identificação dos CoNS foi realizada através das provas bioquímicas: susceptibilidade à novobiocina, crescimento em anaerobiose, presença de urease, descarboxilação da ornitina e produção de ácidos a partir de açúcares. Susceptibilidade aos antimicrobianos analisada através da técnica disco-difusão. A técnica da Reação em Cadeia da Polimerase foi utilizada para confirmar a presença do gene mecA e a capacidade de produção de biofilme foi verificada através de ensaio in vitro usando superfície inerte de poliestireno, em amostras de estafilococos resistentes. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: De 440 formigas, 19,31% carreavam CoNS. 85 amostras de CoNS foram coletadas: S. saprophyticus (17), S. epidermidis (15), S. xylosus (13), S. hominis hominis (10), S. lugdunensis (10), S. warneri (6), S. cohnii urealyticum (5), S. haemolyticus (3), S. simulans (3), S. cohnii cohnii (2) e S. capitis (1). Duas amostras, S. hominis hominis e S. lugdunensis, foram resistentes a meticilina, abergando o gene mecA e ainda, resistentes a várias outras classes de drogas. Dessas, a S. hominis hominis também se apresentou como forte produtora de biofilme. CONCLUSÃO: Esse estudo aponta para a necessidade de vigilância em relação ao controle de infestações por esse inseto no ambiente hospitalar.