25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:236-1


Área: Microbiologia Geral e Meio Ambiente ( Divisão L )

APLICAÇÃO DE BIOSSURFACTANTE DE CANDIDA TROPICALIS NA REMOÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADO ADSORVIDOS EM AREIA

Ranielly Monteiro Batista Batista (UNICAP); Juliana Moura Luna Luna (UFPE); Raquel Diniz Rufino Rufino (UFPE); Charles Bronzo Barboza Farias Farias (UNICAMP); Leonie Asfora Sarubbo Sarubbo (UNICAP)

Resumo

O poder de adsorção de hidrocarbonetos derivados de petróleo a partículas de solo constitui um dos obstáculos à biorremediação, dificultando a remoção e/ou degradação desses compostos. Capazes de emulsificar hidrocarbonetos por meio do aumento da solubilidade destes em água e da redução da tensão superficial, os biossurfactantes aliam a capacidade dispersante à minimização dos impactos ambientais facilitando o desprendimento dessas substâncias oleosas das partículas do solo. Neste trabalho, a remoção de óleo de motor queimado e petróleo adsorvidos em amostras de areia pelo líquido metabólico livre de células do biossurfactante de C. tropicalis UCP 0996 cultivada em óleo de fritura foi avaliada. O biossurfactante foi produzido em meio mineral formulado com 2% do óleo residual de soja durante 144 horas a 150rpm, a 28ºC, sendo o líquido centrifugado e submetido à medição de tensão superficial. Nos testes de remoção, utilizaram-se 20 g de areia para ensaio de cimento de granulometria fina NBR 7214 e areia "in natura" (obtida na região de praia), impregnadas com 10% do contaminante. Em erlenmeyers de 125 mL, 40 mL do líquido metabólico livre de células ou 40 mL de água destilada (controle) foram adicionados a amostras de areia contaminada Os frascos foram submetidos à agitação a 150 rpm por 24 horas, a 28 ºC e, em seguida, a quantidade de óleo remanescente foi determinada no solo lavado, por gravimetria, após extração com hexano. Considerando que os testes de remoção foram realizados com o biossurfactante bruto, os resultados obtidos em percentuais de remoção foram considerados satisfatórios, uma vez que valores em torno de 80% foram observados. Os maiores percentuais de remoção foram obtidos na areia "in natura". Tal resultado deve-se, provavelmente, ao menor tamanho das partículas da areia padrão, as quais permitem maior adsorção do contaminante hidrofóbico em função da maior área superficial disponível, dificultando sua remoção pelos biossurfactantes.


Palavras-chave:  Biossurfactante, Candida tropicalis, petróleo, remoção