25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:234-1


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE DE FRANGO E MIÚDOS COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE JABOTICABAL, S.P.

Mariana Beraldo (FCAV/Unesp); Ruben Pablo Schocken-iturrino (FCAV/Unesp); Tammy Delphino (FCAV/Unesp); Marita Vedovelli (FCAV/Unesp); Ricardo Cavani (FCAV/Unesp)

Resumo

Alimentos são facilmente contaminados durante a manipulação e processamento. Muitas vezes esses microrganismos podem causar riscos à saúde do consumidor quando ingeridos. O objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica da carne e miúdos de frango comercializados em diferentes estabelecimentos da cidade de Jaboticabal, S.P., de acordo com a Normativa 62 do MAPA. As amostras coletadas foram encaminhadas ao laboratório de bactérias anaeróbias da FCAV/ UNESP e diluídas em água peptonada até 10-6. Foram feitas contagens de mesófilos totais, enterobactérias e Clostridium sulfito redutor através do método de poour-plate; para Staphylococcus sp utilizou-se semeadura em superfície e teste de sensibilidade a antimicrobianos nos Staphylococcus coagulase positiva. Para presença/ ausência de Salmonella sp, foi realizado incubação da primeira diluição, em seguida enriquecimento em caldos e posteriormente semeados em meio XLD e MacConkey. Das 100 amostras de peito, coxa e coração, coletadas, encontrou-se, para peito, contagens médias de 5,1x103 a 4500x103 para mesófilos, 1,2x102 a 2665x102 para Staphylococcus sp e 3,9x102 a 209x102 para enterobactérias; para coxa, obteve-se contagens médias de 35x103 a 5190x103 para mesófilos, 8x102 a 300x102 para Staphylococus sp e 52x102 a 730x102 para enterobactérias; as contagens médias de coração foram de 9,4x104 a 1920x104 para mesófilos, 1,5x102 a 200x102, para Staphylococcus sp e 4,2x103 a 5683x103 para enterobactérias. Não houve presença de Salmonella sp nas amostras analisadas, porém, 1 amostra de coração foi positiva para Clostridium perfringens e isolou-se de 8 amostras Staphylococcus aureus, sendo essas sensíveis aos seguintes antimicrobianos testados: gentamicina, penicilina, oxacilina, vancomicina, cefalotina, sulfametoxazol, tetraciclina, cloranfenicol e clindamicina, verificou-se 1 cepa resistente a eritromicina. Conclui-se que a conservação, o preparo e o armazenamento de frango são de grande importância, uma vez que houve uma grande variação entre as contagens e a presença de microrganismos como as enterobactérias, C. perfringens e S. aureus, podem ser responsáveis por intoxicações alimentares. A resistência a eritromicina é preocupante, pois ainda é considerado um antibiótico seguro, mas se utilizado freqüentemente no tratamento de doenças de aves pode resultar em resistência em um curto período.


Palavras-chave:  Carne de Frango, Bacterias Patogenicas, Resistencia Antimicrobiana