ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE COPAIFERA LANGSDORFFII
Alan Kiill Gasparoto (UNIFAL); Noelly Queiroz Ribeiro (UNIFAL); Amanda Latercia Tranches Dias (UNIFAL)
Resumo
A dermatofitose e a candidíase são consideradas as infecções
fúngicas mais freqüentes no Brasil e a escolha do tratamento adequado está
relacionada a fatores do hospedeiro, do fungo e do antifúngico. As drogas
usadas no tratamento de dermatofitoses e candidíases exibem diversos efeitos
colaterais, e, muitas vezes, apresentam eficácia limitada, além de custo
elevado, o que limita o tratamento das infecções fúngicas. Levando-se em consideração esses fatores, o
desenvolvimento de um tratamento/profilaxia natural para infecções fúngicas
apresentaria uma alternativa segura na qual as drogas de aplicação convencional
na terapêutica pudessem ser contra-indicadas ou recusadas. Diante da ocorrência
freqüente de infecções fúngicas causadas por dermatófitos e leveduras do gênero
Candida, em parte considerável da
população, a, qual, muitas vezes, tem nas plantas
medicinais a única forma de acesso aos cuidados básicos de saúde,
decidiu-se pelo estudo da atividade antifúngica do
óleo essencial de Copaifera langsdorffii.
Pesquisas recentes têm demonstrado um crescente aumento do uso de
alternativas naturaisao invés de fármacos
sintéticos que, muitas vezes, estão associados a diversos efeitos colaterais. O
teste de sensibilidade das leveduras Candida
parapsilosis, Candida glabrata, Candida krusei; Cryptococcus neoformans foi realizado através da técnica de difusão
em Agar conforme a metodologia descrita no documento M 44-A (CLSI, 2004); o
teste de sensibilidade dos dermatófitos Trichophyton
rubrum, Trichophyton mentagrophytes, Trichophyton tonsurans, Trichophyton
violaceum, Microsporum canis, Microsporum gypseum, Epidermophyton floccosum foram
testados conforme a metodologia descrita por Souza e
colaboradores (2003) com modificações. Com relação à atividade
antifúngica, o óleo essencial se mostrou efetivo somente contra Candida krusei, sendo que para as
concentrações de 5.000 mg/mL, 10.000 mg/mL, 15.000 mg/mL, e 20.000 mg/mL do óleo essencial testado, o tamanho do halo de
inibição permaneceu o mesmo. Este resultado é de extrema importância,
pois é conhecida a resistência intrínseca de C.krusei ao fluconazol e resistência secundária a vários outros
derivados azólicos.