Trypanossoma cruzi, Salmonella spp., coliformes totais e fecais, bolores e leveduras. A questão não está somente na presença de microrganismos, mas sim na quantidade destes apresentada na polpa.  Objetivou-se investigar a contaminação por bactérias em polpas pasteurizadas de açaí, comercializadas em uma cidade do sul de Minas. Foram coletadas 10 amostras (6 acondicionadas à granel [“a”] e 4 embaladas individualmente [“b”]), de diferentes marcas e locais, e numeradas de 1 a 10. A metodologia empregada foi a recomendada pela Resolução - RDC Nº 12, de 2 de janeiro de 2001. As amostras 1a (10^-3), 2a (10^-2) e 9a (10^-3) apresentaram crescimento significativo no caldo VB, e contagem colônias excedentes à 1 colônia/grama, sendo portanto reprovadas. As amostras 1a e 9a cresceram no Caldo EC na diluição de 10^-3 sendo também reprovadas para coliformes totais. Todas as 4 amostras “b” foram negativas para coliformes totais e fecais e todas as amostras (100%) foram aprovadas para Salmonella spp. Apenas 2a e 9a produziram colônias no Agar SS sendo os microrganismos identificados como os mesmos crescidos em caldo VB e EC, ou seja: Escherichia coli (1a, 2a e 9a) e Proteus spp. (1a e 9a). A contagem padrão em placa de bactérias aeróbias mesófilas revelou que as amostras 8a (2X10⁶) e 10a (30X10⁶) apresentaram crescimento superior à 10⁶. Portanto, foram reprovadas 5 (83,33%) amostras, todas de embalagem à granel. Concluiu-se que mesmo com a pasteurização a contaminação em polpas de frutas é um risco sempre presente, provavelmente pela manipulação da embalagem.