ADERÊNCIA DE MACRÓFAGOS INFECTADOS, IN VITRO, COM STAPHYLOCOCCUS AUREUS SENSÍVEL OU RESISTENTE À METICILINA

Natália Gomes Morais ( MEDTROP); Kássia Karoline Aliança de Castro (UPE); Thacianna Barreto da Costa ( MEDTROP); Maiara Santos Severo ( MEDTROP); Célia Maria Machado Barbosa de Castro ( MEDTROP)

Staphylococcus aureus é um microrganismo versátil com características virulentas e diversos mecanismos de resistência a sua disposição. Utiliza diversas estratégias para permitir a sua sobrevivência e proliferação no organismo hospedeiro.Em virtude disto, o objetivo deste trabalho foi analisar o índice de aderência (IA) de macrófagos alveolares de ratos após infecção, in vitro, com Staphylococcus aureus meticilina-resistente (MRSA) e meticilina-sensível (MSSA). Métodologia e Resultados: Foram utilizados 20 ratos machos adultos, Wistar, provenientes da colônia de criação do Departamento de Nutrição da UFPE. Os macrófagos alveolares (MA) foram coletados através da técnica do lavado broncoalveolar (LBA), após traqueostomia. Alíquotas de três mL de salina a 0,9% foram injetadas, aspiradas e coletadas até a obtenção de um volume final de 30 mL de LBA por animal. O isolamento dos MA foi realizado por adesão em placas tipo Falcon, sendo distribuídos na proporção de 10⁶ células/mL de meio de cultura RPMI 1640. Após a adição ou não de 100 µL de suspensão bacteriana padronizada em espectrofotômetro, filtro-570nm (densidade óptica de 0.15, equivalente a 10^-6 CFUmL^-1), as placas foram divididas em 3 sistemas: controle (C), MSSA (ATCC 29213) e MRSA (ATCC 33591). As placas foram incubadas a 37⁰C por 1h. Dez µL do sobrenadante das culturas foram adicionadas a 90 µL de azul tripan e levadas para contagem de 100 células, em hemocitômetro. Utilizou-se teste t de Student e Mann-Whitney, admitindo-se nível de significância de p<0,05. Não houve diferença significativa ao comparar o IA do C (91±7,88%) com MSSA (90±7,94%), C com MRSA (91,5±11,82%) e MSSA com MRSA. Conclusão: O IA não diferiu entre os sistemas demonstrando com isto, que o fenótipo multirresistente não são fatores implicados com o aumento da virulência para estas cepas.